Entrevista — por Catarina Rosendo
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Desde que assumiram a direcção do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, em 2010, Carlos Antunes e Désirée Pedro têm vindo, lenta e seguramente, a reinscrever o lugar deste polo artístico no contexto artístico nacional. Arquitectos de formação, foram responsáveis pelo projecto de alterações que transformou uma antiga área de reservas da Biblioteca Municipal num espaço expositivo mais bem preparado e complementar ao original edifício da Rua Castro Matoso, que guarda a memória de algumas das acções artísticas mais experimentais e gregárias da década de 1970.
Ensaio — por Eduarda Neves
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Quanto mais o capitalismo torna a arte num produto de luxo, mais a banaliza. Se o interesse pela arte parece crescer, tal facto não é mais que o reflexo do estado pós-fordista do “fluxo informativo”. Oscilando entre a euforia e a depressão, ou seja, entre a ânsia da comunicação e a vontade de autonomia, a prática artística é atravessada pela luta interna do capital e a sua vocação, digamos, à maneira de Mark Fisher, bipolar. A situação na qual muitos artistas se encontram só aparentemente é contraditória.
Crítica — por David Silva Revés
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A mais recente exposição de Musa paradisiaca, patente na Fundação Carmona e Costa, parece dizer — em provável tom de troça — que não precisa de nós, seus previsíveis espectadores. Que seríamos infra-necessários ou excedentes numa auto-suficiente coreografia de luz e de som, de uma dança privada entre objectos e imagens.
Entrevista — por José Marmeleira
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A Plant Revolution! começou em 2014, no The Barber Shop, quando fiz o ciclo Plant Thinking com uma série de eventos à volta da ideia da senciência verde. Comecei depois a pensar numa exposição, a juntar pesquisas e a fazer uma série de viagens que já canalizavam o trabalho nessa direção, bem como a visitar diferentes projetos de agricultura. Interessavam-me estes temas de resiliência ecológica e analisar o modo como a planta tem sido usada a nível laboratorial, como objeto de estudo científico.
Crítica — por Alberta Romano
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O projeto colectivo A Gruta iniciou o seu segundo ano de desenvolvimento com a intervenção "Theodora or The Progress: Becoming Dog" de Elise Lammer, com Lucien Monot e Julie Monot. A performance de Elise Lammer reforça A Gruta como local para ampliação de possibilidades de desenvolvimento e fruição de experiências artísticas, através de novas cosmogonias e formas de empatia.
Crítica — por José Marmeleira
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Em breve, a Galeria Municipal do Porto fará três anos de intensa programação. Desde 2017, sob a direção artística de Joaquim Guilherme Blanc, foram várias as perspectivas curatoriais, as exposições coletivas e individuais que passaram pelos seus dois pisos, consolidando-a como um lugar de referência na vida artística da cidade (numa relação produtiva com Serralves) e do país.
Artigo — por João Laia
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#ambiente #colaboracao #colectivo #comunidade #condicoesecontextosdetrabalho #coreagrafiasdeafeto #criseecologica #extracao #feminismo #gesamtkunstwerk #imersao #opera #performance #politicasdedesejo #politicasdeidentidade #queer #repensarahistoria
Artigo — por Marta Mestre
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2019 não é (ou não foi) um ano muito diferente de 2018, de 2017 ou de 2010. Aquilo que o torna particular é o facto de encerrar simbolicamente uma década, um ciclo abstrato de tempo onde depositamos um certo tipo de linguagem histórica. A multiplicação de notícias, acontecimentos, eventos, catástrofes é avassaladora. E o presente revelou-se o narcótico mais forte da nossa década.
Artigo — por Sofia Lemos
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Florestas milenares ardem no encerro de 2019. É o desfecho de uma década que se rendeu, revisionista, à urgência da crise climática, à poética de relação entre humanos e entidades não-humanas e à releitura do cânone artístico. A seguinte seleção reflete práticas artísticas e formatos curatoriais que procuraram discutir o presente como uma continuidade histórica feita de limites e delimitações, propondo, em simultâneo, futuros de cuidado e de construção ‘po-ética' conjunta.
Crítica — por Cristina Sanchez-Kozyreva
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As an artist whose oeuvre often likes to style itself in a self-deprecating fashion, Trevor Shimizu’s works in “Trevor Shimizu: Performance Artist” at Kunsthalle Lissabon have a remarkably droll interest in the life of the "artiste". The exhibition has the many attributes of a small retrospective, with a historical perspective spanning a period from 1996 to 2019.
Entrevista — por Cristina Sanchez-Kozyreva
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Para o trabalho incluído em “Recycle”, interessa-me menos falar da minha experiência pessoal, e mais no modo como as imagens da cultura popular foram usadas pela minha mãe para ensinar inglês. Os seus mais de 400 cartões de aprendizagem apresentam imagens que funcionam como um retrato de arquivo de uma classe média americana aspiracional nos anos 1990. Por sinal, foi nesta altura que a classe média começou a enfraquecer. Em termos artísticos, estou interessado na relação desta colecção com a Pictures Generation. A minha mãe não é artista, e apesar das várias decisões criativas envolvidas na criação dos seus cartões, eles são ferramentas empáticas para o ensino.
Crítica — por Alexandre Melo
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“Ama como a estrada começa “ é um verso de Mário Cesariny e é o título da obra apresentada no MAAT, uma das mais completas e substanciais instalações dos autores. Construção fechada com dois andares a que se acede subindo uma escada depois de ouvir os avisos do “porteiro”. Torre (como a Torre de Saint Jacques de “A Cidade Queimada“), igreja, convento ou prisão. O fechamento circular é um dado fundamental porque permite a criação de um mundo novo, autónomo e oposto ao mundo exterior: um reverso da realidade isolado da banalidade quotidiana.
Entrevista — por Isabel Nogueira
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Os títulos provêm de uma reflexão em torno da história da pintura, sobretudo da história do retrato. A minha formação foi em pintura e sempre me habituei a reconhecer as pinturas pelos seus títulos. Fiz uma incursão em Matisse, Braque, Malevich, entre outros. Os títulos surgiram a partir de títulos de retratos destes e de outros artistas mas modificados por mim. Através dos títulos da história da arte criei os meus próprios títulos.
Crítica — por Miguel Mesquita
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Uma das características que sempre me seduziu no trabalho de Luísa Jacinto é a sua capacidade de desenvolver uma dimensão temporal nas imagens das pinturas que produz. Não que as imagens em si contenham, necessariamente, elementos que pressupõem uma passagem do tempo ou uma continuidade temporal (ainda que por vezes induzam a uma cristalização ou suspensão do tempo), mas porque se situam algures no decorrer de uma acção; são imagens que sugerem um passado ao mesmo tempo que nos conservam num estado de antecipação.
Crítica — por José Marmeleira
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Num exercício comparativo com as edições anteriores, mencione-se a diferença que a exposição do Prémio Sonae Media Art 2019, no Museu do Chiado, proclama, nos processos e nas obras, no recurso a artefactos tecnológicos e ao conhecimento técnico-científico. Dito de outro modo mais rigoroso: assume o deslocamento de métodos e meios (habitualmente associados à produção artística) para o domínio das potencialidades e extensões da computação.
Entrevista — por Isabel Nogueira
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Isabel Nogueira: Gostaria que nos falasses da importância desta exposição para ti e para a tua carreira, uma vez que se reporta a 30 anos de actividade. Miguel Palma: Esta é terceira exposição em que tenho a possibilidade de mostrar o meu trabalho em diferentes momentos. Tive uma exposição na Culturgest, em 2007, que foi uma selecção mais restrita, mas que funcionou muito bem. Em 2011, tive outra exposição na Fundação Calouste Gulbenkian, em que foi assumido o meu lado mais compulsivo de construir, que acabou por ser algo diferente do conceito da Culturgest. A actual exposição felizmente foi comissariada pelo Miguel [von Hafe Pérez] e não por mim.
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