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Entrevista a Barbara Piwowarska

Vista de exposição; Footnote 15- A Prototype; Galeria da Boavista; 2022. © João Neves 4.jpeg
David Silva Revés

 

Footnote 15: A Prototype, na Galeria da Boavista, em Lisboa, é a mais recente intervenção do projecto curatorial Footnote, desenvolvido desde 2010 por Barbara Piwowarska e que se vem expandindo por inúmeros contextos, espaços e objectos. Este foi o mote para a Contemporânea conversar com esta curadora polaca, que trabalha actualmente como directora artística da Casa de São Roque, no Porto. Uma conversa que passou não só por esta exposição específica, mas também pela generalidade do projecto footnote e dos seus horizontes artísticos e estéticos; realizada via e-mail durante o mês de Abril de 2022. 

 

David Silva Revés (DSR): Apesar de esta conversa ter como mote a exposição com a sua curadoria “Footnote 15: a prototype” que está neste momento patente na Galeria da Boavista, em Lisboa, gostaria que começássemos por abordar a generalidade do projecto Footnote no qual a mesma se insere. Descreve-lo como um “projecto em curso que aplica uma «metodologia das margens»”. Pedia-lhe que pudesse apresentar sumariamente este projecto curatorial assim como explicitar o que pode ser justamente entendido enquanto uma “metodologia das margens”.

 

Barbara Piwowarska (BP): O projeto Footnote surgiu como resultado de uma situação específica e momento preciso, tornando-se nessa altura uma ferramenta crítica essencial para mim. Em 2010 ainda trabalhava no Centro de Arte Contemporânea (CCA) Castelo Ujazdowski em Varsóvia, que estava em crise e onde o seu novo director não se mostrava interessado nas nossas propostas curatoriais nem no diálogo. Muitos dos que lá trabalhavam tiveram de sair, mas pelo menos eu pude organizar um pequeno projeto que refletisse a minha própria situação, tendo para isso conseguido uma bolsa da Embaixada Americana que permitiu montar uma pequena exposição não oficial e “privada” dentro da grande instituição polaca, activando, para isso, uma coincidência espacial do Castelo Ujazdowski e a sua hierarquia natural na divisão dos seus pisos.  Instalei a exposição no porão por baixo da exposição principal do castelo, literalmente comentando [como nota de rodapé], assim, o que estava por cima. 

Intitulada Footnote 1: Phantom Limb, esta minha exposição fazia referência à exposição do piso principal Repeat from Theory of Vision dedicada aos traçados sobre papel de Władysław Strzemiński e ao seu tratado Teoria da Visão, projecto que a tinha a curadoria do professor Andrzej Turowski, especialista nas vanguardas polaca e russa, que estava radicado em Paris, e que foi muitos anos, para além de meu mentor, um amigo. 

Participaram nesta primeira “nota de rodapé” vários artistas e estudiosos: R.H. Quaytman, Karin Schneider e Nicolás Guagnini [Union Gaucha Productions], Igor Krenz, Józef Robakowski, Yve-Alain Bois e o próprio Andrzej Turowski. No porão do castelo, decidi debruçar-me sobre o trabalho de vanguarda da escultora Katarzyna Kobro [esposa de Strzemiński, mas que, na época, era ainda menos conhecida e marginalizada] e sobre a sua extraordinária recepção em contexto americano na década de 1980, muito através do círculo em redor da revista October, e especialmente por intermédio de Yve-Alain Bois e de artistas contemporâneos nova-iorquinos do círculo do colectivo Orchard [incluindo Quaytman, Schneider, Guagnini / Union Gaucha Productions]. Todos eles foram pela primeira vez apresentados em diálogo com abordagens polacas dos anos 1970-1980 sobre a temática em questão, assim como com filmes experimentais históricos de Robakowski e Turowski.

Convoquei igualmente trabalhos de artistas contemporâneos nova-iorquinos do círculo do colectivo Orchard [incluindo Quaytman, Schneider, Guagnini/Union Gaucha Productions]. Todos eles foram pela primeira vez apresentados em diálogo com abordagens polacas dos anos 1970-1980 sobre a temática em questão, assim como com filmes experimentais históricos de Robakowski e Turowski. 

Phantom Limb era também o título do filme de 1998 da dupla brasileiro-argentina Union Gaucha Productions e que foi apresentado nesta mostra. Esta obra de investigação propunha histórias periféricas, marginais e inexistentes, numa transversalidade aos modernismos brasileiros, argentinos, russos e polacos, incluindo também fragmentos gravados no porão-armazém do Muzeum Sztuki em Łódź que representavam composições espaciais e esculturas de Katarzyna Kobro, justapostas com os Bichos de Lygia Clark. A maioria das esculturas de Kobro nunca foram expostas em museus e na década de 1990 estavam simplesmente guardadas. Para mim, Phantom Limb era aqui uma metáfora para algo que não existia. Uma metáfora para os projetos modernistas e o seu fracasso, a sua ausência, mas também a forma como podem estar presentes e ressurgir na contemporaneidade. 

Footnote tornou-se um projeto em desenvolvimento à margem da História, à margem das vanguardas. O termo “metodologia das margens” vem justamente desta abordagem. Ele afirma igualmente que a minha posição curatorial pessoal é falar a partir da perspectiva da margem: não faço parte do texto principal, nem posso estabelecê-lo. “Metodologia das margens” faz também referência ao livro de Andrzej Turowski Awangardowe marginesy [Avant-Garde Margins] publicado em 1998.

 

DSV: O conceito potente e, do mesmo modo, prático, de footnote [nota de rodapé, em português], remete instintivamente para um contexto textual, literário e ensaístico. Como comentário de fim de página é algo que contextualiza o texto principal, mas que, ao mesmo tempo, referencia outras realidades e linhas de força complementares ou divergentes. Tendo em consideração a passagem que é realizada para um contexto expositivo — e tendo em conta que o que nos chega são exactamente esses comentários finais ou notas de rodapé — pergunto se cada momento do projecto Footnote remete de alguma forma para uma exposição virtual [ideal, se quisermos colocar nesses termos], que se presentifica no espaço sem estar lá concretamente.

 

BP: Uma nota de rodapé [footnote] parece de alguma forma fantasmática, mas é muito “espacial”, tem essa potencialidade do “display”. Apliquei-o à realização de exposições, que, neste caso, deverão ser sempre site specific

É uma ferramenta para adicionar detalhes específicos ou comentar o que não cabe no texto principal, apenas algo que é importante, mas que se quer dizer na margem para ajudar a entender o fenómeno de forma mais ampla. Pode-se encontrá-la na parte inferior da página, ao contrário da nota final que é colocada no final da redação ou publicação. Alguns tipos de notas de rodapé são mais fáceis de abordar do que outros. Eu prefiro aqueles que comentam diretamente o texto no final da página. 

Ao longo dos anos o projeto Footnote desenvolveu-se em vários contextos e, para além das exposições, teve outros desdobramentos que surgiram também no formato de publicações, palestras performativas ou intervenções. Foi o caso de Footnote 5: Screening Space, em 2011, que foi uma contribuição para a conferência Abstract Space – Concrete Media: Avant-gardes Beyond Western Modernism no MUMOK, em Viena, que por sua vez acompanhava a exposição Abstract Space. Tive a honra de ser convidada pela Sabeth Buchmann para fazer a minha “nota de rodapé” entre as palestras de reconhecidos investigadores como Krisztina Passuth, Margarita Tupitsyn ou Partha Mitter. Houve ainda mais um Footenote em formato de palestra performativa, referenciando o projeto Museum ON/OFF no Centro Pompidou dentro dos seus espaços de exposição permanente, como parte do projecto organizado por Elena Sorokina, Museum [science] fictions, que incluiu apresentações de Ekaterina Degot, Nataša Petrešin-Bachelez, Gluklya [Natalia Pershina-Yakimanskaya], entre outros. Aí, apresentei o Footnote 10: Museum of the Unknown sobre o Oskar Hansen, a sua prática da Forma Aberta e seu projeto nunca realizado para o Museu de Arte Moderna de Skopje.

 

DSR: A nota de rodapé, enquanto mancha textual destacada, é ainda algo que afecta perceptivamente a leitura, destabilizando uma imagem geral para inserir outra[s] imagem[s]. Esta ideia é justamente por si referida em certos materiais de comunicação quando se refere ao projecto: “Footnote seeks to upend established orders of legibility” [Footnote pretende derrubar ordens de legibilidade estabelecidas]. 

Pergunto de que forma esse pensamento que eu poderia descrever enquanto diagramático ou constelar é articulado em cada momento de investigação/exposição de forma a engendrar linhas de continuidade, mas também de tensão ou confronto. 

 

BP: Curiosamente, quando usada em exposições, a nota de rodapé é uma ferramenta que dá oportunidade de trabalhar de forma não linear, assim como de modo espacial e prototípico. É difícil responder a esta pergunta, pois é sempre um trabalho em andamento, desenvolvido com vários participantes convidados. É sempre um trabalho moldado pela colaboração contínua. Em alguns momentos e interacções não podemos definir o objetivo nem o resultado final — só conseguimos ter noção do seu conteúdo preciso quando o trabalho está instalado, em exibição. Nesse sentido, eu entendo tudo isto como um “processo artístico”.

 

DSR: No seguimento do que diz, e havendo uma componente teórica e investigativa tão forte ligada ao projecto, que se localiza sempre aquém e além das explorações artísticas concretas e do momento expositivo específico, nota-se justamente que há uma elevada preocupação em potenciar a sua vertente educacional. Para além disso, como referiu antes, percebe-se a vontade permanente em convocar outros agentes — académicos, institucionais, para-artísticos, etc. — motivando distintas relações e olhares críticos. 

 

BP: Sim, esta ferramenta dá flexibilidade, é aberta. É sempre um trabalho colaborativo e pode incluir pessoas de diferentes profissões, mas também reunir diferentes comunidades locais. Por exemplo: Footnote 14: Angel of History — embora dedicada a Walter Benjamin — foi projetada para a Casa São Roque, no Porto, onde trabalho há três anos. É um novo centro de arte contemporânea localizado na zona da Campanhã, perto do bairro onde se encontra o Estádio do Dragão, longe da zona turística da cidade e atendendo principalmente ao público local, que, de modo geral, não pertence ao mundo da arte.  Footenote 14 comentou contextos e transversalidades locais: da família de Walter Benjamin, da sua fuga nunca concluída e que não chegou a passar por Portugal, do facto da sua bisneta Lais Benjamin Campos ter nascido em Berlim, filha pai brasileiro de origem luso-alemã e próximo ao Porto. Com este projecto procurei contar histórias desconhecidas de Berlim, Paris, Lisboa e São Paulo, que se cruzavam também com Lourosa, Espinho e, especificamente, com o Porto. Participaram artistas, investigadores e professores: Aura Rosenberg, Chantal Benjamin, Lais Benjamin Campos, Marcelo de Souza Campos Granja, Patrizia Bach, Arno Gisinger, Frances Scholz, R.H. Quaytman, Joanna Zielińska, Jean-Luc Moulène, Jean-Michel Alberola, André Cepeda, Paulo Nozolino, Sismógrafo, e outros autores: João Barrento, Susana Camanho, Maria Filomena Molder. Este projecto foi ainda acompanhado pela conferência que organizámos em conjunto com o Sismógrafo na Casa das Artes, no Porto, e pela publicação bilingue com o mesmo título Footnote 14: Angel of History onde consta a primeira entrevista de carácter mais extexto que fiz com uma das netas esquecidas de Walter Benjamin: Chantal Benjamin.

 

DSR: Apesar de Footnote estar já na sua 15ª apresentação, de ter passado por contextos e lugares internacionalmente muito heterógenos, e de ter abordado distintas linhas de força e direcções críticas no seu percurso, notei que há obras e artistas que vão transitando entre exposições. É o caso, por exemplo, dos vídeos de Igor Krenz e da Union Gaucha Productions, que estão em Footnote 15: a prototype, mas que foram já apresentados noutros momentos do projecto Footnote

 

BP: Sim, como este projeto partiu da investigação sobre Katarzyna Kobro e da sua recepção internacional nos anos 1980-2000, vários dos momentos Footnote iniciais incluíram constantemente Robakowski, Turowski, Krenz e a Union Gaucha Productions, e muitas vezes também R.H. Quaytman [Rebecca Quaytman] — uma grande investigadora tanto de Kobro como de Benjamin. Especialmente, esta última participou em diferentes capítulos do projeto devido ao seu grande conhecimento e experiência, mas também por outras razões e temas abordados. Especialmente em Footnote 6: As Model na Galeria Miguel Abreu em Nova Iorque, onde contribuiu com novos trabalhos dedicados a Kobro e a Strzemiński. Esse momento expositivo também incluiu uma nova instalação escultural de Liam Gillick, Łódź Prototype, Composition of Information de Anna Ostoya, Bicho de Lygia Clark e uma réplica da Composition de Kobro, de 1928, trazida por Yve-Alain Bois da sua própria casa. Como Quaytman teve um papel importante na anterior Footnote 14 no Porto, decidi-me focar em diferentes artistas na presente exposição Footnote 15: Ana Cardoso, Jorge Pinheiro e Tomás Cunha Ferreira, que trabalham em Lisboa. Esta exposição na Galeria da Boavista foi desenvolvida em colaboração com Ana Cardoso, e posteriormente a nossa instalação expositiva foi “concluída” pela intervenção site-specific do Tomás Cunha Ferreira, que este realizou na última fase de montagem da exposição com as peças que compõem Murmur.

 

Tomás Cunha Ferreira; Murmur; 2022; Instalação, técnica mista; Cortesia do artista. © João Neves 5
Tomás Cunha Ferreira; Murmur; 2022; Instalação, técnica mista; Cortesia do artista. © João Neves 2
Tomás Cunha Ferreira; Murmur; 2022; Instalação, técnica mista; Cortesia do artista. © João Neves
Tomás Cunha Ferreira; Murmur; 2022; Instalação, técnica mista; Cortesia do artista. © João Neves 3

Tomás Cunha Ferreira: Murmur. Vistas de exposição. Galeria da Boavista, Lisboa. Fotografia: João Neves. Cortesia do artista e Galerias Municipais de Lisboa 

 

 

DSR: Partindo agora para Footnote 15: a prototype propriamente dita, na sua folha de sala é-nos dito que ela parte de uma colaboração entre ti e a Ana Cardoso, artista presente na exposição. É igualmente referido que ambas partiram de um interesse comum pelo trabalho da escultora polaco-russa Katarzyna Kobro. Gostava de perceber melhor em que modos se deu este encontro, como partiram posteriormente para a realização desta exposição e de que forma esse trabalho conjunto ganhou aqui expressão. 

 

BP: Este é o momento mais processual e prototípico de todo o projecto Footnote. Começou em 2020, em pleno confinamento, enquanto fazia uma residência curatorial em Lisboa nas Residências da Boavista em resposta ao generoso convite das Galerias Municipais de Lisboa e do seu director, Tobi Maier. A única coisa que podia fazer era visitar os ateliês de artistas, uma vez que todas as instituições e museus estavam fechados. 

Este projecto específico começou no atelier da Ana Cardoso, situado perto da Galeria da Boavista, quando ela me mostrou os seus trabalhos e também um documento onde projectava a ideia de uma exposição colectiva, na qual as suas pinturas poderiam coexistir com obras abstractas de Kobro, uma vez que a sua prática gira entre o construtivismo e o unismo. Como mencionei anteriormente também eu tinha investigado Kobro desde Footnote 1: Phantom Limb, principalmente a recepção sul e norte-americana da sua obra [especificamente no Brasil, Argentina e EUA] e a forma como esta artista havia desenvolvido nas suas composições abstratas das décadas de 1920-1930 uma relação com o corpo do espectador, unificando-o com o ritmo espaciotemporal das vidas humanas, em diálogo e contraposição com o legado Construtivista, Neoplasticista e da Arte Concreta. 

A Ana Cardoso estava interessada em fazer reunir e proporcionar um diálogo entre artistas lisboetas, os legados americanos e figuras do Leste Europeu como Kobro, e na sua opinião, exposições com foco na abstração estavam ausentes do panorama artístico lisboeta.  

 

 

 

Ana Cardoso: Pendente. Vista de exposição. Footnote 15: a Prototype, Galeria da Boavista, Lisboa. Fotografia: João Neves. Cortesia da artista e Galerias Municipais de Lisboa. 

 

 

 

Esta foi uma maneira natural de finalmente começarmos a trabalhar no projeto, já que nos havíamos conhecido em Nova Iorque, onde a Ana estudou e trabalhou por alguns anos e onde eu tinha estado por alguns períodos longos devido a bolsas de estudos. Para a exposição Footnote 15: A Prototype convidámos juntas os artistas, tendo, no entanto, desenhado todo o projeto em torno das novas instalações da Ana que se tornam assim o núcleo central da exposição. 

Sempre me interessei pelas suas pinturas enquanto composições manipuláveis: algo que pode ser reinstalado e assumir um carácter performático. As suas obras são sempre prototípicas, nunca terminadas, têm uma estrutura aberta. Têm uma relação discreta e profunda com o legado neoconcreto. As pinturas da Ana Cardoso dialogam também com a abstração, com o formalismo norte-americano e com a obra do artista português Tomás Cunha Ferreira, com quem ela compartilha uma amizade e uma troca contínua de muitos anos, especialmente visível no gesto de costurar tecidos coloridos e ativar as suas superfícies. A colaboração com a Ana expandiu-se depois, portante, para a nossa colaboração com o Tomás. A obra dele é trespassada pelas experiências neoconcretas, uma vez passou muitos anos em São Paulo e no Rio de Janeiro, crescendo próximo ao círculo do Grupo Frente. Cunha Ferreira e Cardoso partilham a atitude de Jorge Pinheiro, para quem "um objecto é sempre um projecto para um novo objecto".

 

DSR: A colaboração entre ambas irá continuar estendendo-se a outros locais e momentos? Ou ainda é cedo para que tal possa ser avançado? 

 

BP: Estamos a planear uma exposição em Varsóvia.

 

DSR: Olhando o título, a noção de protótipo remete-nos a uma ideia de projecto, de modelo primeiro e forma potencial, cuja escala possa eventualmente vir a aumentar e expandir-se de modo padronizado. Da mesma forma, sugere-nos algo que ainda não está totalmente acabado e que é, por isso, ainda experimental. Pergunto de que forma essa dialética, ou mecanismo tensional, está presente nesta exposição. 

 

BP: Neste caso, a exposição é um protótipo. É a forma como trabalhámos nele, e a forma como Ana Cardoso e Tomás Cunha Ferreira entendem o seu trabalho, como protótipo, como nunca terminado. Nesta exposição todas as obras poderiam existir em diferentes configurações, se mudássemos o local de uma coisa – ela ainda funcionaria – pois tem uma estrutura totalmente aberta, dada pela dinâmica entre o é uma nota de rodapé e um protótipo.

 

 

 

 

Footnote 15: A Prototype

 

 

 

Galerias Municipais de Lisboa: Galeria da Boavista

 

 

 

 

Barbara Piwowarska é curadora e historiadora de arte especializada no legado da vanguarda e na arte contemporânea. Desde 2019 tem vindo a programar o centro de arte Casa São Roque (CSR) no Porto, em Campanhã, como sua diretora artística e curadora, e que abriu em outubro de 2019 com a exposição de Ana Jotta INVENTÓRIA. Em 2017 comissariou o Pavilhão da Polónia para a 57ª Bienal de Veneza com Little Review de Sharon Lockhart. Desde 2010, ela dirigiu o projeto Footnote, uma série de exposições itinerantes e intervenções referenciando instituições, situações e conceitos existentes.

 

 

 

David Revés (1992, Lisboa), curador independente, escritor e investigador. Frequenta actualmente o Mestrado em Ciências da Comunicação - Culturas Contemporâneas e Novas Tecnologias (FCSH – UNL), onde prepara uma dissertação sobre as relações seminais entre a arte e a morte. Mestre em Estudos Artísticos - Teoria e Crítica de Arte e Curadoria (FBAUP). Enquanto curador desenvolveu vários projectos expositivos, tais como “um corpo, um rio”, mostra colectiva na Galeria Liminare, Lisboa; Rodrigo Gomes “Whispering Mirrors”, Carpintarias de São Lázaro, Lisboa, entre outras. Foi curador e programador na Galeria Painel, Porto, PT (2016-2018), curador residente na Fundação DIDAC, Santiago de Compostela, ES (2019) e integrou a equipa curatorial do CINENOVA - Festival Interuniversitário de Cinema. Desenvolve regularmente uma actividade crítica e ensaística com a qual colabora para revistas especializadas, livros de artista, edições académicas, seminários, etc.

 

DR escreve de acordo com a antiga ortografia.

 

 

 

 

 

Vista de exposição; Footnote 15- A Prototype; Galeria da Boavista; 2022. © João Neves 2
Vista de exposição; Footnote 15- A Prototype; Galeria da Boavista; 2022. © João Neves 3
Vista de exposição; Footnote 15- A Prototype; Galeria da Boavista; 2022. © João Neves 8
Vista de exposição; Footnote 15- A Prototype; Galeria da Boavista; 2022. © João Neves 6
Vista de exposição; Footnote 15- A Prototype; Galeria da Boavista; 2022. © João Neves 7
Vista de exposição; Footnote 15- A Prototype; Galeria da Boavista; 2022. © João Neves
Vista de exposição; Footnote 15- A Prototype; Galeria da Boavista; 2022. © João Neves 9
Monika Sosnowska; Bon Voyage; 2003; Lápis sobre papel; Coleção Peter Meeker (Pedro Álvares Ribeiro) : Casa São Roque, Porto. © João Neves

 

Footnote 15: A Prototype. Vistas de exposição. Galeria da Boavista, Lisboa. Fotografia: João Neves. Cortesia dos artistas e Galerias Municipais de Lisboa. 

 

 

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