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foodculture days — Devouring the Soil’s Words

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Joana Krämer Horta

Na intersecção da alimentação, revitalização cultural e do storytelling.

Entrevistas a Margaux Swab e Ana Núñez Rodríguez

 

No âmbito da minha pesquisa, tenho estado particularmente interessada em investigar ecologias contemporâneas e métodos inovadores de aprendizagem colectiva.

Durante a minha mais recente viagem de investigação, tive a oportunidade de participar no foodculture days em Vevey, na Suíça, durante o mês de maio. A Bienal questiona a nossa relação com o mundo, celebra práticas artísticas e sociais que promovem a diversidade em todas as suas formas e prioriza a Terra, os nossos corpos e especialmente as nossas bocas, como tecnologias poderosas.

Tenho acompanhado este projeto desde 2020 e continua a fascinar-me a sua abordagem multidisciplinar e a forma como aproxima comunidades humanas e não humanas ao longo de dez dias. É um testemunho da esperança que reside na beleza que surge da coexistência e da partilha deste encontro a nível planetário e local.

Abordando a alimentação a partir de diversas perspectivas, o foodculture days explora a importância do alimento como um aspecto fundamental dos rituais da vida. Neste contexto, tive o prazer de me cruzar com "Cooking Potato Stories" de Ana Núñez Rodríguez, uma contribuição artística sob a forma de uma publicação que ativou o espaço público durante a bienal.

Numa entrevista com Margaux Swab, fundadora e directora do foodculture days, e Ana Núñes Rodríguez, fotógrafa, autora e investigadora, mergulhamos na bienal deste ano com o título "Devouring the Soil's Words". Ao longo da nossa conversa, exploramos a perspetiva da fundadora e curadora e destacamos a importância de interligar a comida à revitalização cultural e ao storytelling - temas-chave lindamente incorporados na obra de Ana Núñez Rodríguez.

 

Entrevista com Margaux Swab, fundadora e directora do foodculture days

 

Joana  Krämer Horta (JKH): Reflectindo sobre o tempo que passámos juntas na bienal, a abordagem curatorial durante os dez dias de convívio em Vevey centrou-se em três pilares fundamentais: o território, os bens comuns e a criação artística. Podes falar-nos mais sobre esta abordagem e como estes três temas se relacionaram durante a Bienal?

Margaux Swab (MS): Os temas da bienal foram cuidadosamente escolhidos como eixos de reflexão e não como tópicos fixos. Cruzam-se e são independentes uns dos outros e são resultado da nossa investigação realizada durante 2022. Através de encontros com comunidades europeias e de visitas a projectos no México, estes temas emergiram como centrais na natureza transdisciplinar da cultura alimentar atual.

Artistas, profissionais da cultura, tradutores, poetas, cozinheiros, biólogos, cientistas e etnólogos contribuem todos para estas discussões. Os temas seleccionados reflectem tanto as percepções daquilo que o território nos diz como as nossas próprias reflexões sobre o que é importante abordar neste momento.

A nossa abordagem tem sido sempre falar de questões globais a partir de um ponto de vista local. Acreditamos que é crucial abordar temas como a biodiversidade, a memória, a história e os recursos, para compreender e discutir dinâmicas globais urgentes: ao fazer a ponte entre as perspectivas dos artistas que discutem este tópicos a partir dos seus pontos de vista e os profissionais ativamente envolvidos na Suíça, particularmente no contexto de Vevey, que se caracteriza pela sua geologia, comunidades, sistemas de conhecimento, política e ecologias muito específicas.

Como deve ter notado durante a tua visita, o ambiente que se cria aqui é único. Há uma multiplicidade de elementos a absorver enquanto se experimenta a paisagem. Enquanto organização cultural multidisciplinar, estamos constantemente a avaliar os nossos próprios métodos. Por exemplo, a exploração do tema da criação artística deu-nos a oportunidade de refletir sobre as nossas ações e avaliar a influência dos eventos da Bienal na comunidade de Vevey. Além disso, compreendemos o poder da arte e da cultura na abordagem das questões das alterações climáticas e consequentemente dos seus desafios sociais.

É como uma meta-reflexão sobre as nossas práticas e a forma como se relacionam com os temas do território. Ao discutir os bens comuns, exploramos conceitos como o acesso à terra e visões alternativas para viver, trabalhar e coexistir dentro do sistema existente.

Também nos questionamos sobre como podemos colaborar e imaginar métodos alternativos de trabalho em conjunto. A arte, a cultura, e o envolvimento com o território desempenham papéis vitais nesta exploração.

JKH: Centrando-nos na intersecção da arte e da ecologia e na sua capacidade partilhada de abrir fronteiras e mudar perspectivas.

Enquanto diretora e curadora do foodculture days como utilizas as tuas próprias práticas criativas ou de conectividade como forma de ativismo ou como ferramenta de transformação?

MS: Bem, penso que o papel de um curador é criar ligações de forma a realçar relações não ditas ou invisíveis entre vários elementos, sejam objectos, pessoas, locais ou corpos. É esse o potencial que vejo no centro das práticas curatoriais, que estão sempre contextualmente situadas.

A perspetiva de um curador reflete-se frequentemente nas suas escolhas. Quanto a mim, abordo a cultura alimentar com uma mente aberta e uma grande curiosidade pelas diversas práticas que se cruzam com a alimentação, a política e a ecologia. O contacto com as pessoas e a sua escuta ativa em contextos não tradicionais, como mercados, campos de cultivo, cozinhas e locais domésticos, pode promover uma troca de conhecimentos valiosa. Estes espaços íntimos têm um potencial imenso para estabelecer ligações com outras pessoas e compreender a importância do seu trabalho no meio de muitos desafios que enfrentamos hoje.

Como ativista, adopto pessoalmente uma abordagem prática, mergulhando nestes ambientes e construindo relações genuínas. Isto permite-me compreender os valores e as intenções por detrás dos seus esforços, reconhecendo simultaneamente a importância do seu trabalho num mundo em constante evolução.

Penso que a arte e a cultura são ferramentas poderosas para a transformação e a emancipação na nossa sociedade. Têm a capacidade de revelar dinâmicas ocultas e de expor a interligação de diferentes aspectos das nossas vidas. Ao abordar estes temas de uma forma poética e socialmente ativa, podem desvendar a complexidade da nossa sociedade. A noção de ecologia reforça ainda mais este entendimento.

Na minha prática, esforço-me por descobrir a interconexão que existe entre todos os seres vivos. Porque acredito realmente que tudo à nossa volta é uma questão de relações.

JKH: "Cooking Potato Stories" de Ana Núñez Rodríguez.

Quais são, na tua opinião, as histórias que precisamos de partilhar neste momento de grandes transformações, e quais as histórias que precisam de ser contadas para pensar novos futuros?

MS: Acredito no poder das histórias pessoais. No foodculture days, convidamos pessoas que partilham as suas próprias experiências; não há nada mais potente do que uma história pessoal. Nada pode iluminar mais a nossa experiência como um corpo neste mundo, que sente, que está presente e que é pensante. Estas experiências podem ir desde histórias de violência colonial a experiências que estão a ser silenciadas ou oprimidas.

Não sei se tenho realmente o direito de dizer quais são as que precisam de ser partilhadas mais do que outras. Acredito que todas as histórias merecem ser escutadas.

No entanto, acredito na importância de lançar luzes sobre os passados coloniais de certas regiões e os efeitos duradouros que têm nas comunidades atuais. Ao tornar essas histórias visíveis, podemos chamar a atenção para as verdadeiras consequências e os vestígios do extrativismo e do capitalismo que continuam a ter impacto enorme no planeta. Enfrentar a crise atual, é reconhecer e compreender os verdadeiros custos associados ao desrespeito dos limites planetários.

Concluindo, todas as histórias têm valor e merecem igual oportunidade de serem partilhadas e escutadas. Ao proporcionar uma plataforma para estas narrativas no foodculture days, o nosso objetivo é criar um espaço inclusivo onde as pessoas possam aprender com as experiências umas das outras e potenciar uma maior empatia entre as várias perspectivas.

No entanto, é igualmente importante reconhecer e incorporar narrativas de colaboração, reciprocidade e simbiose. É necessário desenvolver novas linguagens e imaginários que contemplem a esperança no campo artístico e na esfera pública para evitar cair no niilismo ou no desespero. Em vez de procurarmos constantemente soluções para tudo, devemos abraçar o desconforto e permanecer empenhados nas complexidades do presente. A nossa atenção deve centrar-se em cuidar e em dar visibilidade ao que já existe, mais ainda através do cuidado com comunidades marginalizadas e menos visíveis.

Penso que a contribuição de "Cooking Potato Stories" da Ana é uma forma profunda de explorar e moldar o futuro. Funciona tanto como uma declaração política como um arquivo que oferece uma visão da nossa trajetória coletiva. O facto de estas histórias existirem no mercado de Vevey no foodculture days proporcionou uma ponte muito importante para a acessibilidade e o intercâmbio de conhecimento.

Ficámos muito contentes por receber a Ana na Bienal. Sem dúvida que as suas "Cooking Potato Stories" merecem ser partilhadas. Espero que viajem para diferentes territórios, incluindo os nossos próprios corpos e também através de ti.

 

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Cooking Potato Stories de Ana Núñez Rodríguez no Vevey Market, Suíça. Fotos: Pionira 

Entrevista com Ana Núñez Rodríguez, autora de "Cooking Potato Stories”

 

Joana Krämer Horta (JKH): Partindo das tuas próprias experiências de viagem entre a América Latina e a Europa. Como é que as histórias translocais e a prática de storytelling podem estimular a revitalização cultural?

Ana Núñez Rodríguez (ANR): Damos sentido ao mundo que nos rodeia através de uma combinação de narrativas, mas em todas as culturas há algumas que dominam sobre outras. Todos vivemos numa luta contínua de narrativas, mas há sempre certos mecanismos ideológicos e de poder por detrás dessas narrativas em torno de um determinado acontecimento, objeto, espaço, pessoa, que condicionam a forma como pensamos e percebemos a realidade e influenciam a nossa construção enquanto indivíduos. As subjectividades que estão por detrás das narrativas estão enraizadas na nossa memória histórica e encapsuladas em ideias locais e, ao explorar as contra-narrativas, procuro confrontá-las.

As histórias são um elemento importante na forma como integramos novas ideias nos nossos imaginários, e esses imaginários contêm fantasias e fortes sistemas de crenças que configuram os nossos próprios mundos. Por isso, pergunto-me o que acontecerá se transformarmos esses conjuntos de histórias... Poderão as novas narrativas ser uma força de mudança?

Contar histórias é a primeira forma de resistência. Apercebi-me de que, ao escavar o solo, podemos realmente desenterrar conhecimentos que foram cobertos. Traçar a história da batata e explorar diferentes narrativas em torno dela tem sido uma forma de nos encontrarmos diretamente com as relações políticas, sociais e emocionais com raízes históricas que persistem hoje e que condicionam a forma como nos vemos a nós próprios e aos outros. Esta coleção de contra-narrativas procura confrontar os legados do colonialismo e reconfigurar as relações connosco próprias, com a família, com a sociedade e com o mundo natural.

Comecei a recolher histórias à volta da batata inspirado por um movimento na América Latina que teve lugar no final da década de 1970. Uma corrente de pensamento preocupada com a (re)construção colectiva da história surgiu à margem da academia institucional e foi amplamente divulgada durante a década de 1980. Inicialmente designada por "história popular" ou "recuperação colectiva da história", e envolvendo frequentemente práticas de história oral, esta corrente de pensamento pôs em causa o carácter especializado da produção do conhecimento histórico e os procedimentos convencionais que a constituíam, propondo outras formas de "fazer história" a partir de múltiplas perspectivas, incluindo as das mulheres, dos trabalhadores e dos jovens, para mostrar o que diferentes actores fizeram dos acontecimentos.

Emergindo à margem da academia e das instituições em que se representava, a (re)construção coletiva da história questionava, em diálogo com as propostas intelectuais da época, os fundamentos epistemológicos convencionais da história disciplinar e suscita uma outra forma de "fazer história", num cenário de difusão de teorias e práticas políticas ligadas aos movimentos sociais. A partir dos setores populares e dos mesmos atores envolvidos nos processos de pesquisa, pensou-se seriamente na possibilidade de “recuperar” coletivamente a história, ou seja, colocou-se em questão a produção do conhecimento histórico e seus procedimentos como uma faculdade exclusiva dos historiadores enquanto especialistas do conhecimento. Cooking Potato Stories procura seguir esta abordagem alternativa à produção de conhecimento, dando voz a agricultores, familiares, artistas, amigos, migrantes, etc., da América Latina à Europa, para uma história (re)construída da batata.

JKH: De que forma é que a batata serve como representação simbólica de pertença, ligação e cultura no teu trabalho e investigação?

ANR: Nasci numa zona rural muito conservadora no Norte de Espanha, onde a cultura da batata tem uma enorme importância, uma vez que a maioria das pessoas cultiva a sua própria batata e tem muito orgulho nas suas batatas, aquilo a que gosto de chamar patriotismo de raiz. Mas eu tenho vivido na Colômbia, na América Latina, de onde vem a batata. A batata foi um tema de conversa na minha família e no meu contexto, ligando temas como a identidade, mas também a herança colonial na construção dos nossos imaginários sociais.

Neste projeto, uso como ponto de partida a analogia entre a batata e eu própria, ambas a deslocarem-se entre a Europa e a América Latina, ambas as viagens caracterizadas pela aceitação e adaptação. A história da batata é marcada por muitos obstáculos à sua aceitação como cultura alimentar: um longo processo de transformação, através do qual, muitos conflitos, crenças e tradições se interpuseram no seu caminho. A batata foi levada para Europa pelos conquistadores, mas foram necessários alguns séculos até ser aceite como cultura alimentar. Partimos do princípio de que a batata sempre esteve aqui como está, mas foram necessários alguns séculos para que fosse aceite.

Na sociedade Andina tinha um papel central como cultura alimentar (fornece uma maior quantidade de nutrientes em menos terra cultivada) e também como parte da sua cosmogonia. Quando chegou, era utilizada apenas como planta decorativa, pela beleza da sua flor, apreciada apenas pelo seu valor superficial. Não se comia porque não aparecia na Bíblia, considerando-a a raiz do demónio, porque a sua forma é semelhante aos testículos e pensavam que tinha qualidades afrodisíacas, porque era o pão dos índios e havia a crença de que nos tornaríamos índios se comêssemos a sua comida. A comida também tem sido um instrumento de diferenciação social. Todas estas histórias contribuíram para a sua representação negativa, mas com o passar dos séculos, novas histórias contribuíram para mudar isso e a batata foi assimilada à dieta de muitos países, agora universalmente cultivada, demonstrando a sua capacidade de adaptação a novos contextos, solos e culturas.

A batata foi apropriada por diferentes culturas no mundo como sendo sua. É frequente ouvirmos dizer "as nossas são daqui": mesmo quando estamos inconscientemente a comer o nosso passado coletivo, o uso de frases como esta é uma reafirmação comum de como é forte a relação entre a alimentação e a identidade local e nacional. A batata integrou-se, transformou-se num sinal de identidade de muitos países, tornando-se a raiz do patriotismo que mencionei anteriormente.

A comida, tanto no sentido de produto como de cozinha, é uma componente crucial do sentimento de pertença colectiva das pessoas. A alimentação está, portanto, relacionada com a formação da identidade. Foi precisamente a adaptabilidade da batata à cultura alimentar existente que ajudou a ultrapassar os preconceitos iniciais contra o seu cultivo. A batata tornou-se assim um veículo para a experiência da nacionalidade, recordando às pessoas quem eram e são. Gosto de lhe chamar "o migrante perfeito" porque se adapta facilmente à cozinha e ao tipo de solo do sítio onde chega.

A transformação e a adaptação contínuas da batata tornam-se uma metáfora da resiliência humana e de como as nossas identidades estão enraizadas nas histórias que contamos uns aos outros. Aqui, serve também para abrir uma conversa sobre identidade, política e algumas das dificuldades que têm de ser ultrapassadas quando nos adaptamos a novos contextos e às formas de poder que neles existem. A batata tem esta capacidade de se ligar facilmente à consciência colectiva e proporciona uma forma de falarmos sobre nós próprios. No meu caso, estava especialmente ligada ao colonialismo e à identidade (ligando narrativas históricas, culturais, pessoais e emocionais), mas também a outras batatas ligadas à diferenciação social, à migração, à sobrevivência, à deslocação, à família, à pertença, à partilha, à resiliência, à adaptação e à globalização. A batata é uma forma de falarmos de nós próprios.

 

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JKH: Uma das vertentes do teu trabalho centra-se na perspetiva de que "hoje em dia, uma região não tem necessariamente de ser um espaço definido política ou geograficamente, mas um espaço específico para histórias e experiências comuns, um estado de espírito e não um lugar no mapa". Podes  partilhar mais sobre este tema?

ANR: Penso que somos as histórias que contamos uns aos outros, que somos movidos por histórias e não por ideias. Há três tipos de histórias, defende ela: as que contamos a nós próprios sobre o mundo, as que contamos a nós próprios sobre os outros, e as que contamos a nós próprios sobre nós próprios. As histórias não mudam a realidade em si, mas a percepção da realidade; ao mudarmos a perceção, mudamos nós; e ao mudarmos nós próprios, a realidade muda de alguma forma.

As histórias são essenciais para configurar os nossos mundos, para além de países, fronteiras e barreiras. Por isso, encontrar o nosso lugar significa encontrar o nosso lugar numa história. E se nos comovem as minhas histórias, escolhemos as que nos querem comover!

JKH: Passámos vários dias a refletir, a comer e a metabolizar nos foodculture days. Como foi a tua experiência como artista na Bienal?

ANR: A participação na Bienal foi uma experiência realmente enriquecedora e inspiradora. A seleção de obras transmitiu muito bem a ideia complexa de como é poliédrica a nossa relação com a comida e como esta se liga a muitos aspectos de nós próprios. Trabalho sobretudo com fotografia e foi muito inspirador ver como outras formas de arte respondem a questões de investigação sobre a nossa relação com a comida.

O melhor aspeto para mim foi a oportunidade de partilhar um espaço com um grupo fantástico de artistas, investigadores e voluntários de todo o mundo, partilhando não só comida, mas também práticas, reflexões e histórias. Na verdade, a partir desses encontros estão a surgir novos projectos e colaborações!!

 

Margaux Schwab (Directora e fundadora da foodculture days)
Margaux (1989, La Tour-de-Peilz, Suíça) vive e trabalha entre Berlim, Alemanha, e Vevey, Suíça. É uma produtora cultural e curadora que trabalha na intersecção da arte, ecologia e hospitalidade, dando prioridade a espaços fora do contexto da galeria. Depois de se licenciar em Ciências da Hospitalidade na Escola de Hotelaria de Lausanne, na Suíça, mudou-se para Berlim em 2015. Em 2016, fundou foodculture days, uma plataforma de partilha de conhecimentos sobre ecologias e políticas alimentares.
foodculture days serve como catalisador de discussões e ações através de reivindicações ambientais e sociais, empregando um formato de bienal que acolhe uma multiplicidade de intervenções criativas e culinárias em Vevey.

 

 

Ana Núñez Rodríguez

 

foodculture days

 

Cooking Potato Stories

 

 

Joana Krämer Horta (Directora e Fundadora de Ponto d'Orvalho). Regenburg, Alemanha (1993) é uma gestora cultural e curadora que vive e trabalha entre Lisboa e Montemor-o-Novo, Portugal. A sua prática e pesquisa gravitam em torno da arte emergente e de novos formatos de programação, focando-se em novas linguagens artísticas e na produção contemporânea transdisciplinar, expandindo a discussão sobre a ação climática através de práticas artísticas, sociais e ecológicas. Em 2020, fundou o Ponto d'Orvalho, um projeto que tem vindo a desempenhar um papel importante em Montemor-O-Novo, no Alentejo Central, na reflexão sobre a relação simbiótica entre arte e ecologia sob a forma de um festival transdisciplinar.

 

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Foodculture Days 2023. Fotos: Beatriz Zebrato

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