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Entrevista a Las Palmas

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David Silva Revés

 

Fundado, em 2017, por Aires de Gameiro, Hugo Gomes, Nuno Ferreira e Pedro Cabrita Paiva, Las Palmas é um organismo híbrido, que se expande por múltiplas faces, objectos e actividades. Enquanto artist-run space lisboeta desenvolveu uma intensa programação de exposições, com o rosa das suas paredes como factor identificativo e unificador, convocando tanto artistas nacionais como internacionais, assim como os trabalhos artísticos de cada um dos seus membros. Apofenia, proposta expositiva com a curadoria de Bruno Marchand, bifurcada entre o Espaço Fidelidade Arte (10 Dezembro 2020 — 30 Abril 2021) e a Culturgest Porto (21 Maio — 5 Setembro 2021), relocaliza, pela primeira vez, este espaço e colectivo num contexto institucional de elevada visibilidade e relevância, mostrando a densidade das suas afinidades [ou desafinidades, como o Las Palmas preferirá dizer] artísticas e posturais. Este foi o mote para a Contemporânea falar com este grupo de artistas, numa entrevista via e-mail realizada entre Junho e Julho de 2021.

 

 

David Revés (DR): Esta poderia ser tanto a primeira como a última pergunta. Las Palmas: um artist-run space que vive e se multiplica menos como espaço do que como modo de relação; um colectivo de artistas implicados numa proposta curatorial particular e diferenciadora; uma plataforma de partilha dos vossos projectos artísticos individuais, mas também de convocação de afinidades estéticas e de vozes de uma geração ainda a fazer-se — ou mesmo de outras que, menos emergentes, vocês considerem dotadas de uma certa emergência no discurso, o que faz com que a vossa (nossa) geração as queira ouvir.

Não procurando contrariar a hibridez do vosso projecto comum, nem o constante e diverso movimento de agenciamento e sentido de oportunidade dessa postura, gostaria, ainda assim, de ouvir-vos sobre: o que tem sido, o que é, e, especialmente, o que poderá vir a ser o Las Palmas?

 

Las Palmas (LP): Mais do que uma proposta curatorial (que obriga a responder a certos critérios e pressupostos), entendemos o projecto como um espaço (um modo de relação) de partilha e de confronto. Esse movimento surge invariavelmente da cumplicidade existente entre nós os quatro para depois se expandir para quem contacta com o projecto. O "outro", o "público", não é entendido aqui como mero receptor, ele participa e inscreve-se nesta identidade construída.

O Las Palmas não procura convocar, representar ou dar voz apenas a uma determinada geração. É natural que por termos mais contacto com artistas da nossa idade e consciência da sua situação, surjam mais convites nesse sentido, não correspondendo, contudo, a nenhuma inclinação ideológica ou regra pré-estabelecida. Relativamente ao que poderá vir a ser o Las Palmas, essa imprevisibilidade advém do modo como encaramos o projecto, e de como ele se sustenta. Seria injusto e irrealista tentar dar forma a um futuro que até para nós nos parece indecifrável neste momento. Podemos apenas afirmar que os pressupostos que nos levaram até aqui são voláteis, mas não as intenções que os sustentam.

 

DR: Como — ou em que modos — conciliam as vossas afinidades estéticas e interesses artísticos, tendo em vista o funcionamento do organismo Las Palmas (que funciona como um todo) e todas as actividades e apresentações que vão desenvolvendo? Perguntaria, ainda, de que forma percepcionam ou procuram enquadrar as vossas práticas artísticas individuais — com as quais não têm qualquer problema em se apresentar também enquanto artistas dentro da programação dos espaços por onde o projecto Las Palmas ou noutras exposições — dentro desse grande, parece-me, rizoma.

 

LP: É interessante teres referido nas duas primeiras perguntas a expressão "afinidades estéticas" porque, por vezes, sentimos que fazemos o caminho inverso, procurando trabalhar certas "desafinidades estéticas" que transbordam para um campo que não queremos que seja neutro. É nessa falta de neutralidade que as nossas práticas artísticas emergem, não como um apêndice de um núcleo mas como partes estruturantes de um nível de discussão e aproximação que consideramos central para o projecto.

A falta de espaços e plataformas expositivas que pudessem dar visibilidade ao nosso trabalho artístico individual foi também uma das causas importantes na fase inicial do Las Palmas. Acreditamos que estas premissas ainda se mantêm urgentes e que, portanto, faz todo o sentido que o nosso trabalho artístico continue a integrar de forma pontual a nossa programação assim como as restantes actividades paralelas.

 

DR: O cor-de-rosa é uma das vossas características mais evidentes, que se impõe e contamina todos os vossos objectos expositivos e actividades apresentadas. Penso mesmo que entrou já numa espécie de imaginário colectivo, permitindo um relacionamento imediato com outros rosas que encontremos no nosso dia-a-dia, tendo o vosso por referência: “este rosa é um rosa-las-palmas”. Mais do que apenas um gesto de diferenciação face ao quadro geral português, ou comprovativo de uma identidade precisa, sendo que a definição de uma identidade é, na minha opinião, sempre limitadora de potências e pressupõe uma certa rigidez posicional, gostaria de pensar a estética implícita pelo vosso rosa como um movimento ético, o mesmo que dizer: político. Tiveram essa intenção?

 

LP: Pode eventualmente ser considerado um gesto político por ser uma abordagem contrária àquela que nos parece ser a norma: o white cube. Claro que já houve, e continua a haver, inúmeros artistas a pintarem as paredes de uma ou mais cores nas suas exposições, contudo, o Las Palmas assumiu uma cor que manteve como presença contínua para todas as suas exposições, independentemente do trabalho ou dos artistas apresentados. Isto não quer dizer que não possam eventualmente haver propostas distanciadas dessa cor de fundo porque, apesar de tudo, o Las Palmas não é só um espaço pintado de “cor-de-rosa-las-palmas”. A intenção foi criar uma envolvência do espectador com as obras, com o artista e com a exposição, algo que achamos que o branco não consegue fazer, ou pelos, não da mesma forma. Não escolhemos o rosa para ser diferente, mas para ser igual. Na nossa opinião o branco, sendo neutro, cria um espaço vazio entre obras que resulta em diferenciações. O rosa, pelo contrário, engloba e cria conexões, fazendo da exposição quase um objecto único.

 

DR: A minha pergunta, e o meu comentário sobre o uso do rosa, encaminhava-se exactamente para o que acabam de referir. No sentido de uma estética poder revelar também uma ética, ou seja, um posicionamento que é sempre político embora não necessariamente politizado. Parece-me que a pertinência da vossa cor está justamente aí: na capacidade de ligarem um grupo de artistas e práticas muito distintas através de uma cor, o que faz com que uma comunidade de olhares e relações possa nascer e existir continuamente, actualizando-se ou reactualizando-se em cada momento. O próprio engajamento do público com essa comunidade, e o reconhecimento do vosso rosa noutros contextos, acaba por ser mais o reconhecimento de uma postura do que propriamente a identificação descontextualizada de uma cor…

 

LP: Esse cor-de-rosa fica invariavelmente ligado a uma certa postura, exercendo o papel de "rosto" dessa identidade. O rosa é a primeira camada que contacta com o público. É um elemento introdutório do projecto, que possibilita uma descoberta de outros aspectos menos superficiais — determinadas posturas e práticas que constroem a comunidade de olhares e relações que referes.

 

 

DR: Pergunto-vos se sentem que o Las Palmas conseguiu criar alguma espécie de lastro consequente, de contaminação ou impulsionamento de outros projectos, posturas, fazeres, dentro do contexto artístico português. Não só em relação a uma certa seriedade ou elevada normatividade da grande maioria das práticas artísticas e instituições portuguesas, mas também em relação a outros projectos independentes. Isto porque o momento do vosso surgimento (2017) é bastante diferente do momento presente e, mesmo já tendo passado ano e meio de pandemia, assistimos, ainda assim, a um aumento de iniciativas de carácter alternativo e exploratório (muitas delas desenvolvidas também por artistas, como é o vosso caso).

 

LP: Desde 2017, surgiram de facto vários projectos independentes, com diversas formas e posicionamentos. O contexto geral continua a ser, contudo, bastante limitado em relação a este tipo de iniciativas. Não sabemos se o Las Palmas conseguiu criar esse estímulo, mas, se de alguma forma tiver desempenhado um papel (mesmo que pequeno) enquanto agente impulsionador desses novos projectos, ficaríamos contentes e revelaria ainda mais o sentido comunitário do trabalho que temos desenvolvido.

Apesar de sempre termos procurado reagir a essa elevada normatividade e seriedade do contexto artístico português, não temos nenhuma intenção de contaminar as posturas e fazeres dos outros com a nossa prática. Acreditamos na pluralidade como valor essencial, logo, a ideia de podermos iniciar uma “escola” de uma certa maneira de fazer e olhar as coisas é algo que não nos interessa.

 

DR: Acreditam que se o Las Palmas tivesse sido criado num outro país e contexto teriam tido o mesmo tipo de recepção ou teriam procurado desenvolver um outro tipo de programa? Isto porque alguns dos elementos do grupo estão a ter neste momento experiências internacionais em contextos onde as visualidades e dinâmicas são muito distintas das portuguesas e, enquanto imagens e discursos, mais próximas das propostas que o Las Palmas tem vindo a apresentar.

 

LP: Esta é uma questão difícil de responder por vários motivos. Por um lado, se o projecto tivesse sido criado num contexto distinto, talvez não fizesse sequer sentido fazer o Las Palmas da forma que foi feito; por outro lado, e sendo outro o contexto, à partida também nós seríamos artistas e pessoas diferentes, o que resultaria numa outra abordagem ao tipo de projecto que hipoteticamente iríamos desenvolver. O Las Palmas surgiu num momento e local específicos, e isso está inevitavelmente ligado aos contornos do projecto. Ainda assim, embora inseridos no contexto artístico português, conseguimos criar relações com circuitos internacionais, tanto em exposições como em presenças em artist talks, revelando que as reações ao projecto são mais variáveis de pessoa para pessoa do que entre contextos (nacional/internacional).

 

DR: Esta entrevista é feita no contexto das exposições Apofenia, no Espaço Fidelidade Arte, em Lisboa e na Culturgest do Porto. Gostava que me falassem um pouco deste título. Nos materiais de comunicação destas exposições é-nos dito que este termo científico se refere à “capacidade de reconhecer figuras, padrões ou conexões em dados aleatórios”. Penso que isso é, de facto, automaticamente colável às práticas e poéticas convocadas — sempre num certo modo oscilantes, numa transitoriedade de estados perceptivos, ou, mesmo, de uma informalidade visual e plástica —, mas é também aplicável à própria exposição que, mantendo todas as práticas já presentes em Lisboa, se altera e reconfigura no curso para o Porto, mudando os seus dispositivos de apresentação, integrando novos artistas e mudando mesmo algumas das obras já anteriormente presentes.

 

LP: Quando recebemos o convite do Bruno Marchand para fazer uma exposição no Espaço Fidelidade Arte, em Lisboa, que viajaria depois para a Culturgest do Porto, surgiu a ideia de reunir vários trabalhos que pudessem representar uma certa forma de pensar do Las Palmas. Esta proposta procurava criar uma ligação entre obras de vários artistas, que partia da obra A para a obra B, da B para C, e assim sucessivamente, quase como um desenho do tipo cadáver esquisito onde o destino final era menos relevante do que o caminho percorrido. Apesar desta ideia inicial ter sofrido transformações, continuou presente uma certa rede de relações que se foi cimentando. Apofenia remete assim para a nossa “capacidade” de estabelecer ligações entre estes objectos. Na exposição na Culturgest do Porto, houve uma necessidade de transformar essa estrutura, adicionando um objecto central — um altar cor-de-rosa — que comunicaria com as quatro salas adjacentes, numa resposta à própria arquitectura do espaço. A exposição no Porto é um exercício relacional que reconfigura o que havia sido feito em Lisboa. Entendemos as duas exposições como dois momentos distintos mas dialogantes da mesma ideia fundadora.

 

DR: Sendo que estas duas exposições são, de alguma forma, o culminar de três anos de Las Palmas e dos caminhos expositivos que foram trilhando, olhando agora para esse percurso, e para as práticas que sempre se preocuparam em trazer aos vossos espaços, não posso deixar de ler este título como uma espécie de sublinhar da vossa procura e insistência em artistas nos quais reconhecem uma potência absoluta quanto aos seus trabalhos e posturas (mesmo que, muitas vezes, essas potências não tenham ainda formas muito concretizadas, ou existam mesmo nesse estado de mutabilidade).

 

LP: Pela primeira vez no percurso do Las Palmas houve uma repetição de alguns artistas com quem tínhamos trabalhado anteriormente. Essa repetição deve-se à ligação entre certas obras específicas que estavam mais presentes no espírito do grupo e que melhor serviam as premissas da exposição, não correspondendo, contudo, a nenhuma abordagem retrospectiva do projecto, apenas como mais um momento no trajecto do Las Palmas (embora com uma dimensão e visibilidade que nunca tínhamos trabalhado antes). A potência de uma prática artística funciona para nós enquanto existência num determinado contexto social e expositivo, não existindo nunca em estado absoluto.

 

DR: “Impulso para o abjecto”, “ironia”, “delírio”, “pirraça”, “displicente”, são expressões que Bruno Marchand utiliza, no texto de sala, para se referir a traços da postura de ambas as exposições, dos artistas e obras convocadas. Não sendo obviamente invocadas num sentido negativo ou inconsequente, ainda assim, essas palavras poderiam pressupor — pensando no seu reverso — uma automática reacção de repulsa, necessidade de afastamento, ou falta de consideração/atenção às propostas que são apresentadas. Parece-me que o que se passa aqui é justamente o oposto: há uma qualidade háptica e um certo magnetismo de cada obra que gera uma atenção particular, bem como um instinto e curiosidade aproximativos. Gostava de vos “ouvir” sobre esta questão e sobre essas ambivalências, onde se jogam, também, curiosas tensões entre matérias e imagens.

 

LP: As expressões que Bruno Marchand utiliza caracterizam parcialmente as exposições e as obras convocadas não representando, contudo, a sua totalidade. O magnetismo de cada obra foi uma característica que nos atraiu nas escolhas iniciais mas, à medida que o processo de construção da exposição se foi desenvolvendo, outros factores e ligações foram ganhando preponderância. As qualidades que referes desempenham um papel importante para nós mas apenas se enquadradas num determinado contexto conceptual e espacial. Acreditamos que as obras têm de responder a uma simbiose na e para a exposição.

 

DR: Inserindo a questão da imagem, a minha pergunta anterior voltava a dar uma piscadela de olho ao título das vossas exposições. Acho-o verdadeiramente rico e pertinente. Isto porque, embora o fenómeno da apofenia seja iminentemente perceptivo/visual e, por isso, subentenda-se, imagético — a tentativa de colar uma imagem a uma forma —, nota-se, em praticamente todas as obras e nas exposições como um todo, uma tentativa constante de fissurar as camadas mais imediatas ou superficiais das imagens rumo a um pensamento (a vários níveis e modos) dos objectos. Penso, inclusive, que se dá um adensar desse movimento no curso da exposição de Lisboa para o Porto. 

 

LP: A ideia de apofenia está ligada à nossa forma de entender a exposição através de objectos específicos. Esse entendimento de ligações entre obras que escolhemos para coabitarem entre si é percepcionado por nós como um padrão. Este padrão vai além de cada peça do ponto de vista individual. Este padrão e a sua possível decifração encontra-se circunscrito a estas duas exposições. As obras que, isoladamente, procuram com certeza fissurar as camadas mais imediatas das imagens, são peças num puzzle maior, rumo a um imaginário do Las Palmas. Apofenia, em última análise, é a nossa visão de um caminho criado através das peças apresentadas. Um caminho heterogéneo que reflecte invariavelmente a própria heterogeneidade do projecto.

 

DR: Como foi trabalhar com o curador Bruno Marchand nestas duas exposições? Como se compatibilizaram enquanto curadores e colectivo Las Palmas e enquanto artistas (cujas práticas estão presentes em ambos os momentos) com outro curador? Há quase uma espécie de mise-en-abyme curatorial nesses gestos e processos, o que parece interessante.

 

LP: Essa compatibilização é feita em diálogo conjunto e contínuo, em que procuramos assumir uma função de mediadores entre estes vários papéis. É um processo híbrido e exigente mas que não nos é estranho. A presença de Bruno Marchand adicionou um aparente nível extra de complexidade, resolvido com a disponibilidade total do Bruno em mergulhar no universo Las Palmas, participando nas dinâmicas do grupo não como um elemento convidado, mas antes como um membro efectivo do processo, tornando esta mise-en-abyme divertida e entusiasmante.

 

DR:  Referiram que estas exposições no Espaço Fidelidade Arte e na Culturgest Porto não têm um carácter retrospectivo, nem tão pouco pretendem traçar possibilidades futuras em relação aos destinos do Las Palmas. No entanto, tendo em conta o vosso percurso, as premissas e modos de agenciamento do vosso colectivo e dos espaços que programaram, este momento presta-se a uma análise de outra natureza. É a primeira vez que acedem a um palco institucional, de um tipo muito distinto de visibilidade e relevo, com dois grandes objectos expositivos (algo que já se havia começado a desenhar com presença do vosso colectivo em galerias, feiras de arte, talks ou conferências, mas que é em muito distinto destes). Para fecharmos, gostariam de fazer uma breve avaliação nesse sentido?

LP: Estas duas exposições permitiram-nos trabalhar com uma escala (espacial, organizacional e mediática) com a qual nunca tínhamos trabalhado antes. Embora rejeitemos a ideia de retrospectiva ou de qualquer carácter conclusivo, houve uma possibilidade de revisitar certas obras e artistas com os quais tínhamos trabalhado antes, enquadrados com outros novos que considerámos importantes para a concepção da exposição. Essa comunidade que se vai reformulando e expandindo a cada momento expositivo é a base do nosso trabalho. Queríamos aproveitar para agradecer a disponibilidade e generosidade de todos os artistas que incluíram, dialogaram e relacionaram as suas obras com o universo do Las Palmas.

 

Las Palmas

Fidelidade Arte

Culturgest

 

David Revés (Lisboa, 1992). Investigador e curador independente. Mestre em Estudos Artísticos, vertente Teoria e Crítica de Arte, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (2018). Tem explorado a área dos novos media e redes sociais, interessando-se pelos seus cruzamentos com a arte, museologia, sistemas expositivos e pelas questões ligadas à figura do espectador. Desenvolve uma prática crítica e ensaística com a qual contribui regularmente para algumas publicações, projectos de âmbito artístico ou académico.

 

O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.

 

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Las Palmas, Apofenia. Vistas gerais da exposição no Espaço Fidelidade Arte, Lisboa. Fotos: Bruno Lopes. Cortesia de Culturgest.

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Las Palmas, Apofenia. Vistas gerais da exposição na Culturgest, Porto. Fotos: Alexandre Delmar. Cortesia de Culturgest.

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