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Artur Barrio: Interminável

Artur Barrio_Interminável_2005_Coleção S.M.A.K., Bélgica_foto © Dirk Pauwels _HD02_image02 *.jpeg
Marta Mestre e Luiz Camillo Osorio

Conversa com Artur Barrio

“Sinto-me em uma caverna olhando, observando, vendo”

 

Artur Barrio nasceu no Porto, em 1945. Em 1952 viaja com a família para Angola e em 1955 para o Brasil, onde estabelece residência. Este período de trânsito, especialmente a passagem por África, será marcante na constituição de um imaginário marcado pela repressão, desterritorialização, pela viagem. Já como artista, a partir dos anos 1970, passa longas temporadas na Europa. Em 1974 visita Portugal para assistir de perto à Revolução dos Cravos. Momento de afirmação libertária, o retorno a Portugal é uma busca pelo desconhecido.

Passará praticamente vinte anos a viver na Europa até, nos anos 1990, voltar ao Brasil. Hoje Artur Barrio vive na Baía de Guanabara no seu barco Pélagos, e o mar, na sua dimensão simbólica e real, assume um lugar central: é o palco do navegante solitário diante do oceano vazio.

Figura chave da arte contemporânea internacional, Artur Barrio tem um papel determinante na arte brasileira, desequilibrando o paradigma concreto/neoconcreto, trazendo uma pulsão dadaísta/surrealista e uma marca “trágica” bastante marginal naquele contexto. Se a rasura do trágico é uma das características da cultura brasileira segundo Eduardo Lourenço, cabe ao artista luso-brasileiro repô-lo através de uma materialidade ao mesmo tempo erótica e sombria, enigmática e abjeta. No lado português, o trabalho de Artur Barrio requer ainda uma ampla inscrição, nomeadamente na constatação da sua importância no contexto dos diálogos e tensões pós-coloniais, e no facto de ser um contraponto radical (e de certa forma “estrangeiro”) à experiência contemporânea no contexto português.

“Tento evitar de me envolver ou de seduzir-me pelo apelo estético durante o processo criativo do Trabalho mantendo e preservando o lado selvagem do gesto ... ... é um fazer/ criar ... exaustivo ... mente corpo/ função única.”

 

 

Ao longo desta conversa Barrio esclarece, através de respostas com alto teor poético e filosófico, o que alimenta a sua obra-vida, o que impulsiona a sua poética de sombras, ruídos e iluminações profanas. Para Artur Barrio não existe um campo limitado para a arte e as suas propostas recusam linguagens padronizadas impostas pelo meio.

“Estar em um outro espaço sensorial ... sair do corredor do ir e vir desse quotidiano de obrigações estapafúrdias inerentes à alienação da vida...”.

 

 

Torna-se também evidente, nesta conversa, a centralidade da ação deambulatória 4 dias… 4… noites (Maio, 1970) e a sua repercussão em todos os gestos artísticos depois dela. Nomeadamente em Interminável (2005-2007-2019, e agora 2023). O estatuto “impermanente” desta instalação, de difícil acomodação nas lógicas museológicas, suspende qualquer possibilidade de captura, oferecendo-se como experiência (existindo apenas durante a vida do artista, por sua deliberação). 

Ao redor desta instalação constitui-se a exposição homónima no Centro internacional das Artes José de Guimarães [CIAJG], reunindo vários outros trabalhos de Artur Barrio. Uma excelente oportunidade para conhecer ou revisitar esta obra, que é das mais originais da cena contemporânea internacional. De 25 de março até ao dia 3 de setembro, com curadoria dos entrevistadores.

 

Luiz Camillo Osorio [LCO] e Marta Mestre [MM]: Interminável, que agora se remonta pela quarta vez no CIAJG, é uma instalação "impermanente". A sua força é a do “aqui e agora”, dos materiais perecíveis: os cheiros, a luz, as texturas, a atmosfera que se cria no espaço. Esta atmosfera produzida pelas tuas instalações é o teor de verdade, construído sempre numa tensão entre algo que se revela e se oculta continuamente. Desfeita a instalação, ficam os Regist(r)os, que são um suplemento, algo que sobra... Esta dialética, entre a verdade de um momento e o que sobrevém enquanto inscrição, é, aliás, recorrente no teu trabalho.

Por outro lado, determinaste que Interminável existirá enquanto tu existires e acabará quando tu acabares em vida. Fala-nos como surgiu este trabalho…

 

Artur Barrio [AB]: 

... surgiu de todo um longo caminhar tendo como acelerador máximo 4 dias 4 noites.

            Mas o espaço mudou, não mais externo, mas sim interno.

            Experiência número 1 inicia o vislumbre ... criar no local, sem projetos ou ideias pré-concebidas, um piso cinza, quatro paredes e um teto branco ... rastros nas paredes ...  mais tarde ... Desígnio ... mais tarde .... ... muito mais tarde ... Interminável.

Sessenta anos para agora fazer este " novo " Interminável no CIAJG / Guimarães / Portugal

 

LCO e MM: Fala-nos sobre a relação entre a tua performance-deambulação-situacionista 4 dias… 4 noites… e Interminável?

 

 AB:

............  interessante a tentativa de enquadramento da pergunta referente à associação de 4 dias 4 noites a performance-deambulação-situacionista (sic) já que o Situacionismo não passa de uma deriva do Surrealismo, a performance geralmente está muito mais relacionada à catarse do que propriamente a 4 dias 4 noites este, sem público, sem lugar específico de apresentação ou de representação foi um caminhar especificamente preciso, solitário, e não em grupo, como os Surrealistas e Situacionistas o fizeram em suas deambulações .

A relação de 4 dias, 4 noites existe enquanto prospecção da experiência vivida no caminhar realizado em 1970 e que somente três décadas mais tarde começa a delinear-se no surgimento de Interminável .

...  aconteceu paralelamente a Information e com isso foi criada a ideia relacionada à presença física do autor da Situação T/T,1 (1970) e não unicamente os Regist(r)os dessa situação na inauguração da mostra o que, evidentemente, não resultou.

 

 LCO e MM: A preparação de um trabalho como Interminável requer esforço físico e concentração. Como enfrentas este trabalho a cada remontagem? O que fica e o que muda?

 

 AB:

...  os materiais são sempre os mesmos, a criação não, portanto muito distante de uma banal remontagem.

           Ficam alguns materiais não perecíveis que o S.M.A.K. resolveu guardá-los já que Interminável faz parte da sua coleção.

O que muda é a relação com o espaço… tento evitar de me envolver ou de seduzir-me pelo apelo estético durante o processo criativo do Trabalho mantendo e preservando o lado selvagem do gesto ... ... é um fazer/criar ... exaustivo ... mente corpo / função única.

 

LCO e MM: Quando recordas a tua juventude no Rio de Janeiro, mencionas amiúde as leituras que te marcaram, dos Surrealistas a Marquês de Sade, por exemplo. Tais referências inspiraram o teu caminho, e manifestam-se na recusa por quaisquer conceções utilitárias da arte. Ao mesmo tempo, nos anos 60 e 70, diante dos “anos de chumbo” da ditadura militar brasileira, vivenciaste um contexto onde a arte foi um canal de  guerrilha e denúncia da violência. Era um momento de necessidade de eficácia e pragmatismo. O teu trabalho Livro da Carne plasma estas duas dimensões, poética e política, sem que nenhum dos significados se anule, antes expandem-se mutuamente como uma metáfora. Que lugar defendes hoje para a arte?

 

 AB:

................. sinto-me em uma caverna olhando, observando, vendo ...  a olhar, a observar, a ver ... a origem ... 35.000 ou quem sabe, 75.000 anos depois nesse fragmento de pedra com alguns traços avermelhados feitos por uma mão anônima .........................................

... fragmentos de garras de urso e de dentes inseridos na frestas das paredes, no  teto, uma grelha desenhada, traços, pontos,  pigmentos a partir de terra ou de  plantas maceradas, ossos ocos, figuras de animais, composições, etc. / .... esse é, por excelência, o lugar da arte.

 

LCO e MM: Em 1974, voltaste a Portugal, pela primeira vez, em plena Revolução dos Cravos. No CIAJG são mostrados alguns registros de ações realizadas nessa época, como por exemplo Áreas Sangrentas, em Viana do Castelo, com um grupo de mulheres que vendia peixe na rua. Os registros desta ação têm a alegria de um encontro muito desejado. Fala-nos das tuas impressões sobre esse teu país “estrangeiro”, Portugal?

 

 AB:

... um país incompleto envolto por uma ideia presente no som e letra de Grândola Vila Morena ... sim, que alegria.

Minha primeira saída do Brasil, do Brasil dos generais, mas desta vez a viagem foi de avião, aeroporto de Lisboa, Junho, percurso até o Hotel, na TV o processo da Revolução dos Cravos em marcha, debates, ideias, imagens, um novo que se impõe à tradição do antes, o rádio fusiona entre chamadas e gritos de alerta e nas ruas respira-se em meio a grupos de pessoas que discutem acaloradamente o agora, o aqui e, assim, foram os primeiros momentos no retorno à terra onde nasci ... à tarde fui ao cinema Londres ver “Belle de jour” sem censura e no dia seguinte “La grande bouffe” após o que no ir e vir a observar e a escutar e participar nesse momento histórico; não conhecia ninguém em Lisboa e muito menos no que toca ao meio da arte local, mas, o que importava?  Mas agora a sensação era outra neste encontro comigo mesmo não mais no imaginário mas em um Portugal liberto, o fim do Império Ultramarino, no retorno a si mesmo, sem mais além mar. Subi ao Norte, a Mindelo onde fiz o trabalho “4 Movimentos” antecipando de uma certa maneira "Áreas Sangrentas" ... estamos no verão de 1974 e ao longo desses meses, fiz outros trabalhos, “4 Pedras”, “Sargaço”, “Armadilha”, etc.

Em 1975 estou em Viana do Castelo nos “Encontros Internacionais de Arte” em Portugal organizados por Egídio Álvaro e Jaime Isidoro, prolongamento desses encontros no Palácio dos Coruchéus / Lisboa onde realizo o trabalho Reconstrução da C(s)elha ... em pleno Verão Quente, eletricidade estática fortíssima nas ruas da capital ... ....

 

 

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LCO e MM: A experiência de África, vivida na infância, parece ter sido marcante, é uma parte relevante do teu imaginário poético (veja-se Marfim Africano, 1980/81). Há uma frase de Godard em História(s) do Cinema que gostaríamos de trazer para esta conversa. A certa altura, ele diz em off“Na África eu perdi o silêncio. Eles têm mil sons: a guerra, os animais...”. De certa maneira, das poucas vezes que falaste sobre a tua estadia em África, mencionaste algo nesta direção, relacionado à perda do silêncio, à perda da inocência. Faz sentido? Fala-nos um pouco sobre esta tua experiência.

 

 AB:

...  de uma certa maneira a viagem a Angola e estadia por 6 meses foi o meu primeiro choque cultural; a saída de Lisboa pelo paquete “Pátria”, a passagem pela Ilha da Madeira e seus mergulhadores no mar azul, a tempestade no Golfo da Guiné e princípio de incêndio na sala de cinema, a rápida paragem na Ilha de São Tomé com acesso a terra por lanchas ligeiras em meio ao mar revolto e presença visível de tubarões Carcharadon Carcharias e finalmente, a chegada à enseada de Luanda. Uma pequena estadia e logo depois uma longa viagem de comboio até Bela Vista / Ambriz / Bengo ... estamos em 1952.

Um entreposto de cereais composto por algumas casas tendo ao centro uma rua de terra batida varrida todos os dias por uns dez a quinze homens vestidos por farrapos, acorrentados aos tornozelos; silêncio cortado pela sonoridade e arrastar dos grilhões e pelo som das vassouras de galhos finos varrendo um lixo inexistente ... 

... de cada lado desse grupo de prisioneiros dois (c)sipaios, altos, uniforme cáqui, fez vermelho, bermudas, fuzil com baioneta calada. Raramente, mas aconteceu, retiravam um do grupo e com ele desapareciam na mata, silêncio cortado por disparos de arma de fogo. 

Caminhões carregavam e descarregavam sacas e sacas de cereais, dia após dia, os carregadores na hora do almoço (sic) faziam uma fogueira e em pequenas latas cozinhavam farinha com água e sal, comiam o pirão acompanhado por uns pequenos peixes secos, salgados; ... antes e depois, torso nu, sacos nas costas, carrega, descarrega, carrega, som de cantilenas quase que murmuradas no silêncio soturno de um dia como todos os dias. 

Contacto com os da minha idade, a descoberta do barro negro perto do rio, brincando de fazer bonecos de barro, bichos de barro colhido nas bordas desse rio, formas em barro, risos e correrias. As pequenas esculturas em madeira feitas pelos adultos, o ver e visitar as cubatas, a maneira de ser e estar na floresta, a noite, os ruídos noturnos tão diferentes da quinta em Portugal, os pássaros, os animais, África, magia, arte ....

 

LCO e MM: Uma das linhas de força no teu trabalho é o mar e a sua incomensurabilidade. Não é só a superfície onde se navega que te interessa, mas a profundidade, de onde resgatas, através do mergulho, uma série de imagens, sensações, objetos e relíquias naufragadas. Por outro lado, o lixo criminoso que polui a baía de Guanabara é reprocessado no teu trabalho. Além disso, o barco é a tua casa. Que liberdade é essa que encontras perto do mar?

 

 AB:

... mecanismos do tempo, da percepção, do olfato, do ver ... estar em um outro espaço sensorial ... sair do corredor do ir e vir desse quotidiano de obrigações estapafúrdias inerentes à alienação da vida ... surge o mar enquanto espaço poético, desafiador, libertário ... o princípio como princípio de si mesmo em outro estágio de vida, ou seja, utilização da experiência resultante desse contacto / viver no com o mar para a aceleração da ideia a partir de um mar que nunca é o mesmo para uma arte que nunca é ou será a mesma por encerrar em si o momento inerente a cada gesto.

 

LCO e MM: Em várias instalações, como por exemplo O Sonho do Arqueólogo (1982-1995), trazes elementos do mar para dentro do trabalho — sal, peixes, areia, material encontrado nos mergulhos — sempre dando-lhe uma densidade poética. É como se houvesse nas instalações uma extensão dos materiais da tua vida quotidiana. 

Como escolhes os materiais? Essas escolhas são, muitas vezes, realizadas no processo de montagem do trabalho? Tudo começa com as anotações e os cadernos que depois transportas para o espaço? Ou há caminhos e processos diferenciados para cada instalação?

 

 AB:

... há sempre um caminho / processo diferenciado para e em cada Trabalho. 

O que está escrito / pensado / anotado nos CadernosLivro geralmente não é utilizado diretamente no a fazer no espaço, serve apenas como base ou trampolim para o salto criativo, ou não.

Os materiais são escolhidos através do maceramento da ideia e suas ramificações possíveis ...

                                                           O impossível possível.

 

 

LCO e MM: Uma parte importante da experimentação na arte moderna (de Joyce, de Duchamp, de Beckett, de Lispector) esteve ligada à condição do exílio, da desterritorialidade, assumindo uma certa equação entre liberdade e não-pertencimento. Neste aspeto, vemos o teu trabalho seguindo essa tradição, mas desdobrando-a a partir das estratégias da arte conceptual que assumiam a efemeridade como potencialização/ reinvenção de uma experiência estética que parecia capturada pelo fetiche do objeto e do mercado de arte. Faz sentido situar o teu trabalho como um desdobramento contemporâneo dessa tradição experimental moderna?

 

 AB:

...  por justamente a ter ultrapassado abrindo outras portas, penso eu que a produção dos nomes acima citados já não mais façam parte da grande tradição experimental moderna ... quanto a mim sinto-me um tanto quanto deslocado em relação à grande tradição experimental moderna ainda que contemporâneo.

O autoexílio como forma absoluta de situar-se no mundo, em um mundo sem fronteiras ... ainda que o mundo não o seja ... 

 

LCO e MM: O teu processo criativo, por um lado, parece marcado pela solidão, por um autoexílio que te retira intencionalmente da algazarra do mundo da arte; por outro lado, traz todo um imaginário ancestral que remete aos gestos de Lascaux, de Altamira e de África, do Brasil eternamente agónico, de um Portugal profundo, ou seja, o teu trabalho está povoado por uma vontade poética que é, acima de tudo, vontade de vida e de expressão, uma vontade de diálogo onde se cruzam tantas temporalidades. Com quem conversa Artur Barrio na sua obra? Quem é o teu público?

 

AB:

... solidão que fosse monólogo o é.

                                                      Os que não estão condicionados aos limites de sempre. Os que não estão condicionados ao lucro ainda que.

                      Os que pensam.

Os libertários.

                                              Os artistas

Os poetas

                               ...................... etc.

 

LCO e MM: Várias vezes mencionas a escavação, a arqueologia, o mergulho. O que significa o “desconhecido interior” (expressão tua)?

 

 AB:

... o inconsciente / subconsciente ... o poço no qual estão acumulados fragmentos vividos em “4 dias 4 noites”, lembranças associativas perdidas na memória, sonhos, “O Sonho do Arqueólogo”, o transbordar desse poço, a escolha dos elementos que compõem esse transbordamento, a liberação automática de uma escrita sem pontos, vírgulas, parágrafos, o mergulho em outra dimensão, o mergulho em si mesmo tendo como retorno à superfície os "materiais" a serem usados .

 

LCO e MM: Voltando à ideia da caverna, lembremos que sair de caverna significou, desde a Grécia, emancipar-se da nossa subserviência. Talvez seja o momento de repensarmos este movimento. O teu trabalho parece querer habitar a caverna, perceber a emancipação como uma composição junto à materialidade das coisas, aos afetos que nos ligam à terra, à vida orgânica, ao corpo. Divagamos por um pensamento e uma poesia da caverna, uma razão das sombras. O que te parece?

 

 AB:

... nas entranhas da caverna não há sombras, só escuridão. Ao acender-se das luzes percebe-se inscrita nas paredes da mesma e nas fendas inserções de fragmentos de ossos, dentes, rasgos na argila, desenhos, pinturas, grelhas de um passado longínquo, nós mesmos, mas tão próximos e tão dentro dessa caverna ainda nos encontramos na situação atual ou melhor nesse mundo de sempre, nessa Europa de sempre, nesse conflito denominado guerra tão comum tão inerente ao ser humano um deus dele mesmo poderoso o suficiente para eliminar a vida neste planeta azul e dessa eliminação a cada momento aparentemente mais próximo, haverá um vencedor, a morte. 

 

LCO e MM: Há quase 30 anos que vives com a artista Cristina Motta, uma cúmplice de tuas aventuras marítimas e algumas vezes também uma parceira de trabalho. Fala-nos um pouco sobre essa convivência.

 

 AB:

... sim, também uma parceira de trabalho, principalmente o de fazer os Registros desse trabalho. Imensa fotógrafa com caminhar próprio. Beijo profundo que dura 30 anos ... Paixão!

 

 

Artur Barrio

CIAJG: Centro Internacional das Artes José de Guimarães

 

Nota: Este texto foi escrito em português do Brasil.

 



 

Luiz Camillo Osorio (Rio de Janeiro, 1963). Professor Associado do Departamento de Filosofia da PUC-Rio, pesquisador do CNPQ e curador do Instituto PIPA. Atualmente faz o Pós-Doc na Universidade de Lisboa (Delfim Sardo) e na Católica do Porto (Nuno Cresp). Entre 2009 e 2015 foi Curador do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 2015 foi o curador do pavilhão brasileiro na Bienal de Veneza. Entre outras curadorias independentes, destacam-se a curadoria das exposições "O Desejo da forma" na Akademie der Kunst, Berlim, 2010, Calder e a arte brasileira no Itaú Cultural em 2016, 35º Panorama da Arte Brasileira no MAM-SP em 2017 e Espíritos sem Nome: Mario Cravo Neto no IMS-SP e IMS-Rio em 2021/22. Autor dos seguintes livros: Flavio de Carvalho, Cosac & Naify, SP, 2000; Abraham Palatnik, Cosac & Naify, SP, 2004; Razões da Crítica, Zahar, RJ, 2005, Angelo Venosa, Cosac & Naify, SP, 2008; Olhar à Margem, SESI-SP e Cosac & Naify, SP, 2016. 

 

 

Marta Mestre é curadora e pesquisadora em arte contemporânea. Desde 2020 é diretora artística do Centro Internacional José de Guimarães/CIAJG. Foi curadora no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, curadora assistente no Museu de Arte Moderna e professora e curadora-convidada na Escola de Arte Parque Lage, ambos no Rio de Janeiro. Como curadora independente, desde 2005, Marta Mestre tem realizado exposições individuais e colectivas. Os seus projectos recentes incluem as exposições Desvairar 22 (2022), Farsa (2019), ambas no SESC-São Paulo (São Paulo); Philippe Van Snick: Dynamic Project (2022), no S.M.A.K.(Gante), Alto Nível Baixo (2019), na Galeria Zé dos Bois (Lisboa). Como curadora ou co-curadora, organizou exposições no Instituto Inhotim (Minas Gerais), MAM (Rio de Janeiro), Museu Berardo (Lisboa), Galerias Municipais (Lisboa), Museu Oscar Niemeyer (Curitiba), e em galerias e espaços independentes. A par destes projectos, escreve regularmente sobre o trabalho de artistas, para instituições e publicações. É membro do CIMAM/ Comité Internacional de Museus e Colecções de Arte Moderna. Em 2024, Marta Mestre e Ángel Calvo Ulloa serão os curadores da Bienal de Coimbra anozero.

 

 

Imagens: Artur Barrio, Interminável, 2005. Coleção S.M.A.K., Bélgica. Fotos © Dirk Pauwels. Cortesia do artista e S.M.A.K. No slideshow: Marfim Africano, 1980-1981. Fotografia: Fabienne de Quasa Riera A. Arquivo do artista.

 

 

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