Entrevista — por Catarina Rosendo
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A exposição “Álvaro Lapa: No Tempo Todo” é uma das mais importantes exposições retrospectivas realizadas nos últimos anos em Portugal. Apresenta um ponto de situação essencial relativamente ao conhecimento da obra deste pintor, sem o qual uma compreensão cabal da arte e da cultura portuguesas do século XX não é possível. O crítico, curador e historiador da arte Miguel von Hafe Pérez assina a curadoria e traz um olhar novo ao trabalho de Álvaro Lapa, desembaraçado do estatuto insondável que sempre foi atribuído à obra deste artista e interessado em situá-la no momento histórico em que foi produzida.
Crítica — por Isabel Nogueira
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Com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, a Fundação de Serralves – Museu de Arte Contemporânea apresenta a maior retrospectiva de Álvaro Lapa (1939-2006), contando com cerca de 300 peças de pintura, desenho e outros objectos, que abrangem o período de 1963-2005, algumas das quais nunca tendo sido mostradas ao público, nomeadamente um belo conjunto de estudos. Autodidacta como artista e tendo a filosofia como formação e como presença definidora da sua obra, Lapa desenvolveu um percurso artístico relevante no contexto da arte contemporânea portuguesa, merecedor de maior expansão internacional.
Ensaio — por Luísa Santos
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Ao longo do final da década de 1960 e início da década de 1970, artistas como Sol LeWitt, Mel Bochner e Dorothea Rockburne começaram a usar o desenho em instalações site-specific para demonstrarem como a instituição cultural pode ocupar o lugar primordial daquele que determina um conteúdo. O trabalho em desenho de Miguel Palma é reminiscente de Schema (March, 1966) (1966–70), de Dan Graham, feito para revistas e composto de uma estrutura genérica que forma um inventário dos seus próprios componentes.
Crítica — por Luísa Santos
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"Rui Toscano. Eu Sou o Cosmos", na Galeria Cristina Guerra, é uma exposição individual de Rui Toscano (Lisboa, 1970), constituída inteiramente por trabalhos inéditos e que surge na continuação de uma investigação e de um corpo de trabalhado iniciados há cerca de uma década sobre os significados da percepção do espaço cósmico. A investigação começou em 2009 com a exposição "The Great Curve", no Espaço Chiado 8, e continuou nos anos seguintes, em 2010 com "Out of a Singularity", em 2013 com "La Grande Avventura dello Spazio" (ambas na Galeria Cristina Guerra), em 2015 com "Journey Beyond the Stars", na Travessa da Ermida e, em 2015 e 2016, com "Civilizações de Tipo I, II e III" no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (MNAC) e no Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG).
Crítica — por Maria Beatriz Marquilhas
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Centrado nas políticas do corpo, o trabalho de Vera Mota tem estado ancorado na ideia de obra enquanto paisagem, pictórica ou escultórica, que resulta da acção de um corpo num determinado espaço. Se esta ideia se tem vindo a concretizar sobretudo através de exercícios performativos em que composições espaciais resultam de movimentos coreografados pelo corpo da própria artista, em levar a cabeça aos pés, patente na galeria Pedro Cera, o gesto físico de origem corresponde a uma omissão que apenas se adivinha. Tal como "levar as mãos à cabeça", levar a cabeça aos pés é um exercício do corpo que excede o espaço simbólico do corpo.
Artigo — por João Seguro
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Podia começar por dizer que a Oficina Arara é um coletivo de artistas, sediado no Porto, que tem como principal ocupação a produção e circulação das atividades criativas dos seus membros enquanto autores, que pertencem a uma movimentação grupal, e que produzem um conjunto de obras e atividades fruto dessa vontade coletiva, e que além disso esta plataforma também serve os desígnios e necessidades individuais desses mesmos autores. Não estaria completamente errado mas seria muito redutor tentar explicar a dinâmica criativa da Oficina Arara nesses termos.
Artigo — por João Seguro
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Uma selecção de livros: "Ana Hatherly: Território Anagramático"; Carlos Vidal: "Invisualidad de la pintura – Una historia de Giotto a Bruce Nauman"; Isabel Nogueira: "L’Image dans le cadre du désir. Transitivité dans la peinture, la photographie et le cinéma"; Joana Villaverde: "Animal’s Nightmare"; João Maria Gusmão e Pedro Paiva: "Théorie de l'indiscernable / Teoria do indiscernível".
Crítica — por Isabel Nogueira
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Há um par de dias, Cristiano Ronaldo fazia um espectacular pontapé de bicicleta que deixou o mundo – do futebol e não só – em espanto e suspensão. Antoni Muntadas (n. 1942) é o artista que, sob curadoria de Carolina Grau, se apresenta na Cristina Guerra Contemporary Art, com uma mostra precisamente intitulada "Espectáculo/Poder/Mass Media". Uma vez mais, Muntadas aproxima-se do conceito de “artefacto”, ou seja, de obras cuja semântica e complexidade poderão variar consoante o contexto em que se apresentam e se movimentam.
Crítica — por Maria Beatriz Marquilhas
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Numa quinta-feira do princípio de Abril, um grupo de amigos do cientista e inventor Martial Canterel reuniram-se em visita ao seu retiro de Montmorency. Ao atravessarem os imensos jardins do plácido parque dos arredores de Paris, a sensação terá sido comparável à tranquilidade que invade o visitante que cruza os jardins do Pavilhão Branco, onde se encontra a exposição Nudez - uma Invariante, de Pedro Morais. E é pelos labirintos solitários de Raymond Roussel no seu romance de 1914 Locus Solus que damos início a um périplo pela obra do artista, seguindo o rumo curatorial de Óscar Faria.
Ensaio — por Rui Chafes
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Uma exposição antológica, mais do que adiantar qualquer coisa ao olhar que o artista tem sobre o seu próprio trabalho, é sobretudo uma ocasião para o inevitável confronto com o olhar do público, que desenvolverá uma opinião e uma memória sobre a quase totalidade de uma obra que desconhece (ou que conhece apenas de forma fragmentada). Ao contrário desse público, o artista transporta em si, permanentemente, a sua “obra completa”, a sua “exposição antológica”.
Entrevista — por João Mourão e Luís Silva
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João Mourão e Luís Silva cartografam a expansão que a comunidade artística da capital atravessa, visitando os estúdios de artistas que se mudaram recentemente para Lisboa. Rodrigo Hernández (Cidade do México, 1982) é o primeiro artista desta rubrica. A residir em Lisboa há cerca de um ano, a sua relação profissional com a capital iniciou-se quando começou a preparar uma exposição individual para a galeria Madragoa, intitulada "Plasma".
Crítica — por João Biscainho
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A Galeria do Parque em Vila Nova da Barquinha, situada à beira do Tejo de frente para o parque das esculturas, acolhe exposição de João Seguro “A Terceira Margem e As Ruínas Circulares”, comissariada por João Pinharanda. Nessa mesma rua ao fundo, já no fim do parque, está o edifício do Centro De Estudos de Arte, onde são desenvolvidas várias actividades com as comunidades locais e onde João Seguro passou várias semanas em residência artística no verão de 2017.
Crítica — por Alexandre Melo
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Posso começar por dizer que a exposição de Vasco Araújo, “La Morte del Desiderio”, na Galeria Francisco Fino, é “surpreendente” mas, pensando bem, também poderia considerar que é uma exposição de “consagração”. Retomando o que escrevi num outro (con)texto diria que não há contradição, porque o artista une a capacidade de invenção e renovação da imaginação formal a uma exemplar coerência e consistência de propósitos. Os temas são os que sempre foram os temas de Vasco Araújo e que também - e essa não é a menor das suas virtudes -, são os (únicos ?) temas de sempre: o amor, o poder, a morte...
Crítica — por Susana Ventura
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Não existe cura alguma pela obra de arte, mas a aranha revela-se uma curiosa anfitriã... Aranha, a obra que enuncia a exposição recente de Hugo Canoilas e Antónia Labaredas na Galeria Quadrado Azul em Lisboa, mostra uma aranha capturada por um copo de vinho, um gesto que nos é familiar se pretendermos devolver a aranha à vida, contudo, neste caso, a captura da aranha e a sua exposição numa prateleira suspensa são os primeiros sintomas de que algo está para acontecer: Ó aranha! Grande aranha! O que escondes, aranha?
Entrevista — por Paulo Mendes
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Uma crónica em forma de entrevista sobre uma empresa, a Otiima, que trabalha com artistas plásticos e que agora iniciou um programa de residências artísticas - No Entulho. Entrevistamos José Miguel Pinto, responsável pela Otiima Artworks, que nos revela o contexto empresarial e artístico dos projectos já realizados e do novo projecto das residências.
Entrevista — por Paulo Mendes
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Paulo Mendes conversou com Jérémy Pajeanc, artista plástico e o primeiro inquilino do programa de residências da Otiima artworks, sobre o trabalho ali realizado e as motivações políticas que estiveram envolvidas na sua concepção.
Crítica — por Sara De Chiara
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A mensagem da introdução ao projecto de Bruno Zhu na Kunsthalle Lissabon, cujas primeiras linhas foram citadas acima, difere nas suas versões portuguesa e inglesa. O que as duas apresentações têm em comum é que dão indicações ao leitor, mas a sua divergência e indefinição deixam-no desorientado e perdido, um pouco à deriva. Tal como uma página de um diário de bordo, ambos os textos registam um caminho tomado, uma viagem física que ao mesmo tempo invade uma paisagem introjectada, desenhada com memórias pessoais, impressões e experiências biográficas, que são contíguas, e por vezes se sobrepõem, à verdadeira paisagem, delineando uma espécie de mapa psicogeográfico.
Ensaio — por Sara Castelo Branco
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Concebendo um trabalho que se singulariza a cada pulsão, a unidade da obra de Igor Jesus manifesta-se precisamente na sua pluralidade: embora traçando um conjunto implícito de questões persistentes que serão tratadas neste texto, a sua linha condutora é particularmente sinuosa e irregular, encontrando a sua maior coerência no imprevisível e na heterogeneidade. O artista parte da sua formação escultórica para usar indistintamente a pintura, o vídeo, a fotografia, a escultura ou a instalação, concretizando uma série de ligações que sendo mais tácitas ou evidentes realizam uma obra que longe de estar fixa, existe sobretudo na potência daquilo que poderá ainda vir a ser.
Crítica — por Sara Castelo Branco
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Num filme coreografado em quatro ecrãs simultâneos dispostos numa envolvência propensa a centrar a posição do espectador, a exposição "Esgotaram-se os Nomes para as Tempestades" (2018) conforma-se numa espécie de composição rítmica que se espacializa imageticamente, num espaço dinâmico entre imagens, sons e silêncios, que se estende como uma musicalidade de circularidade concêntrica: na cadência de um ritmo dentro de outro ritmo, no interior de um outro ritmo, mas com um centro de referência comum.
Entrevista — por Vanessa Rato
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Em 2008, o curador sul-africano Mark Coetzee começou a trabalhar com o então CEO da Puma Jochen Zeitz na constituição de uma colecção de arte exclusivamente dedicada a artistas contemporâneos africanos ou de origem africana. Dez anos volvidos, no fim de Setembro último, a colecção transformou-se no muito aguardado Zeitz-Mocaa, o museu que ocupa agora os nove andares de um antigo silo para armazenagem de cereais com vista para o Atlântico no porto de mar da Cidade do Cabo, na África do Sul – 100 galerias expositivas e um hotel de luxo de apenas 28 quartos num projecto de arquitectura de 29 milhões de libras assinado pelo britânico Thomas Heatherwick.
Ensaio — por Sofia Lemos e Alexandra Balona
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A obra "minor matter" (2016) de Ligia Lewis, coreógrafa de origem dominicana sediada em Berlim, é a segunda parte da trilogia intitulada “Blue, Red, White” e o ponto de partida para a seguinte reflexão que acompanha a sua estreia nacional, no dia 29 de Abril de 2018, por ocasião do Dia Mundial da Dança, no Teatro Campo Alegre, e no âmbito do Festival DDD – Dias da Dança 2018, em colaboração com a série de assembleias METABOLIC RIFTS, mobilizada por PROSPECTIONS for Art, Education and Knowledge Production.
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