Artigo — por Sara De Chiara
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Esta poderosa imagem mental evocada por Rilke, também citada em "A Poética do Espaço" (1957) de Gaston Bachelard como um exemplo notável de uma resposta emocional à arquitectura, serve de premissa a esta crónica sobre a segunda edição de Anozero - Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra 2017 e apresenta a atmosfera e o mecanismo que atravessam a exposição, curada por Delfim Sardo e Luiza Teixeira de Freitas.
Crítica — por Markéta Stará Condeixa
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O trabalho do artista, residente em Berlim, está intimamente ligado à questão da natureza e à sua observação através do prisma da cultura e da acção humanas. Embora muitos dos seus primeiros trabalhos convoquem uma espécie de melancolia e nostalgia, atribuindo à sua prática uma forte sensação de obsolescência, o corpo de trabalho mais recente do artista, bem como a presente exposição "Demain, Stabilisation", manifestam, pelo contrário, uma certa ironia e introduzem uma linguagem de que é característica um sentido de humor subtil.
Entrevista — por Isabel Carlos
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A mostra "2 desenhos, 2 esculturas" são quatro obras inéditas e sucedem-se, para José Pedro Croft, à representação portuguesa da Bienal de Veneza. Isabel Carlos: Nesta exposição há uma obra deveras surpreendente que é a escultura de canto. Uma nova linha de trabalho? José Pedro Croft: Para mim esta exposição é como se fosse uma obra única dividida em quatro partes. O meu trabalho anda quase sempre à volta da figura do paralelepípedo, da presença corporal, da permanência e da impermanência, da fragilidade e da precariedade.
Entrevista — por Antonia Gaeta
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Antonia Gaeta: Comecemos pelo título: Saga. Pedro Barateiro: É um título que brinca com a ideia de épico. Desde o momento em que fiz a exposição "Live from the West" na REDCAT, em Los Angeles, em 2016 - uma colaboração com a poetisa americana Quinn Latimer – tentei revelar uma pesquisa que partia da ideia de pensar as narrativas do ocidente, que viajam desde a Europa, desde Roma, Grécia (e ainda antes da Grécia) até aos EUA. As narrativas e as mitologias ocidentais que foram viajando até os Estados Unidos, de alguma maneira terminam, a meu ver, em Los Angeles, e numa sociedade do espectáculo levada a uma loucura extrema.
Entrevista — por Sílvia Escórcio
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As exposições "Secrets to Tell" e "The Most Beautiful Language" assinalam a primeira apresentação do trabalho de Grada Kilomba em Lisboa e constituem, também, as primeiras mostras individuais do seu percurso artístico. Nas conversas que antecederam esta entrevista, a artista pediu várias vezes “porque não escreves antes uma crítica?”, talvez percebendo na escassez de críticas sobre o seu trabalho outra forma de manifestação do poder patriarcal.
Entrevista — por Antonia Gaeta
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Conversa com a curadora Marta Mestre sobre a recepção e inscrição da arte da América Latina no contexto Português, mercados de arte, instituições públicas e privadas, curadoria num campo geográfico expandido, no âmbito do seu último projecto expositivo. "Potência e adversidade: a arte da América Latina nas colecções em Portugal" pode ser visto no Pavilhão Preto e no Pavilhão Branco, em Lisboa, até ao dia 8 de Janeiro.
Crítica — por Alexandre Melo
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Misako (Ayame Misaki) é uma jovem cujo trabalho consiste em redigir textos destinados a descrever filmes para uma audiência composta por um grupo de cegos. Nesse contexto conhece Nakamori (Masatoshi Nagase), um fotógrafo consagrado que está a ficar cego. Os seus encontros, desencontros, discussões e discordâncias, vão entretecendo uma trama afetiva, ao mesmo tempo que vão suscitando e aprofundando uma análise da relação entre visão, memória, imaginação, pensamento e sentimento.
Crítica — por Susana Ventura
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É um gesto generoso, aberto e claro, que parece dançar, não obstante a sua aparente imobilidade e rigidez de aço, que demarca o início da exposição de Daniel Steegmann Mangrané "Uma folha translúcida no lugar da boca", que toma o nome de um verso de Paul Celan. Upsylon - chama-se - essa escultura que recebe e abraça, alinhada na sucessão de vazios da galeria central do Museu de Serralves, onde poderia ser, também, porta. É porta e corpo.
Crítica — por Isabel Nogueira
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"wanderings" é o título – francamente evocativo – da mais recente exposição colectiva, patente na Galeria Cristina Guerra Contemporary Art, com curadoria de Gregory Lang. "wanderings", que a folha de sala da exposição traduz por “errâncias”, poderia igualmente ser traduzido por “devaneios”, eventualmente poéticos; certamente mundanos.
Crítica — por Maria Beatriz Marquilhas
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Na psicanálise de Freud, o termo uncanny é definido como "a experiência psicológica de algo estranhamente familiar, em vez de simplesmente misterioso". A descrição não está longe da sensação que nos assola ao visitarmos a primeira exposição em Portugal da artista alemã de origem húngara Paloma Varga Weisz, patente na galeria Pedro Cera.
Artigo — por Antonia Gaeta, Isabel Carlos e Luiza Teixeira de Freitas
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Antonia Gaeta, Isabel Carlos e Luiza Teixeira de Freitas elegem as 10 exposições mais marcantes de 2017. Uma seleção feita a partir do que viram em Portugal, Espanha, EUA, Argentina, Brasil, França e Reino Unido.
Artigo — por João Seguro
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A seleção de livros da edição de dezembro / janeiro: Pedro Neves Marques: "Morrer na América"; Céline Condorelli: "bau bau"; Hugo Canoilas: "Debaixo do Vulcão" (Vol. I e II); Elena Filipovic: "Bliz-aard Ball Sale"
Crítica — por Isabel Nogueira
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A exposição dá imediatamente o mote com o título "Fifty-Fifty". Trata-se de um encontro de obras inéditas, na Galeria Miguel Nabinho, da autoria de dois artistas: Noé Sendas e Rui Calçada Bastos, com curadoria de Sérgio Fazenda Rodrigues. O pretexto terá sido o de ir à cave, mas poderia igualmente ser o de ir ao sótão. Quer dizer, a cave ou o sótão afiguram-se como metáforas de um recolhimento que é procurado e, posteriormente, tornado exposição, ou seja, transfigurado em espaço público. ________ Neste artigo encontra, igualmente, uma (áudio) "conversa a quatro" conduzida por Edgar Massul a propósito da exposição "Fitfy-Fifty". Com: Noé Sendas, Rui Calçada Bastos e Sérgio Fazenda Rodrigues.
Crítica — por Inês Geraldes Cardoso
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Na primeira exposição individual de Belén Uriel na Madragoa, o descanso é literalmente moldado pelas estruturas que o apoiam, destacando não só os objetos que acomodam corpos em momentos de pausa, mas também as interações sociais, que tanto são formatadas como formatam, e que estão implicadas no acto de descansar.
Crítica — por David Silva Revés
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Olabarrieta cria cenários justapostos. Que não são bem cenários, mas os seus espectros. Circunscrições de espaço delimitadas pelos vários candeeiros de metal que povoam a exposição. A sua luz ténue mas presente, ilumina lugares quase vazios, como à espera de algo que ali aconteça, de algo que ali se revele. Em todos estes proto-cenários somos nós as personagens principais.
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